quarta-feira, 17 de junho de 2009

Paralisação no INSS já atinge 16 estados

Servidores do INSS em greve
Jornal do Brasil - 17/06/2009

A greve de servidores do INSS chega a 16 estados, mais o Distrito Federal, que respondem por 90% do total de atendimentos do instituto. No Rio, segundo o Sindsprev/RJ, a greve deixou mais de 90 postos de atendimento do estado parcialmente paralisados. As principais reivindicações dos servidores são a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de novos funcionários.
Sindicato e instituto divergem sobre adesão à paralisação. Atendimentos são remarcados
A greve de servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social atinge 16 Estados mais o Distrito Federal, segundo balanço divulgado ontem por entidades de classe e a assessoria de imprensa da Previdência Social. Os números relativos ao percentual de adesão à greve, porém, variam.
A Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, que reúne dados de todos os sindicatos de funcionários no país, ainda não tinha balanço oficial até a noite de ontem. A entidade ressalta, porém, que os estados que aderiram à greve respondem por 90% do total de atendimentos do instituto.
Além do Distrito Federal, os estados que adeririam à greve são Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santos, Rio de Janeiro, Ceará, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe, Amazonas e São Paulo. Goiás, Rondônia e Amapá estavam em "estruturação da greve", explica a Fenasps. Mato Grosso ainda não tinha realizado assembleia sobre o tema, enquanto Alagoas, Maranhão, Roraima, Acre e Tocantins não informaram sobre a decisão.
O último balanço nacional feito pelo INSS, no entanto, indicava uma adesão baixa à greve ao longo do dia de ontem. Das 962 agências consultadas pelo país (ao todo, são 1.110 unidades), 837 tiveram funcionamento normal, 98 funcionaram parcialmente e 27 fecharam. O Brasil tem hoje entre 20 mil e 25 mil servidores na Previdência Social.
Sobre a adesão ao movimento em São Paulo, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo, das 48 agências da capital, 27 aderiram parcial ou integralmente à paralisação. No interior, das 132 agências, outras 27 teriam aderido. As agências paulistas respondem por 60% dos atendimentos do INSS em todo o Brasil, segundo o sindicato.
Já os dados da assessoria da Previdência são conta de que, em São Paulo, das 48 agências, 15 pararam parcialmente, realizando perícias agendadas, e apenas quatro fecharam. Já no interior, a adesão foi menor ainda: das 132 agências, nove pararam parcialmente e apenas uma fechou as portas.
No Rio, Segundo o Sindsprev/RJ, a greve deixou mais de 90 postos de atendimento do estado parcialmente paralisados. Apenas os atendimentos agendados de perícia médica foram feitos.
Atendimento
Quem tinha um atendimento agendado em um posto com greve deve ter o pedido remarcado no INSS. Apesar de os médicos peritos não estarem em greve, o atendimento foi prejudicado ou pelo fechamento da unidade ou pela falta de funcionários para fazer o primeiro atendimento.
As principais reivindicações dos servidores são a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de novos funcionários. Na avaliação do sindicato, um aumento do quadro atual de servidores é necessário para melhorar as condições de trabalho e evitar o aumento da jornada de 30 horas para 40 horas semanais. Pelos cálculos da entidade, nos próximos dois anos, mais de 10 mil dos 33 mil trabalhadores responsáveis pelo atendimento ao público estarão em condições de se aposentar, o que deverá gerar um déficit de pessoal. (Com agências)
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