segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gasto com pessoal cresce 49% em sete anos

O Globo - 17/08/2009


Planejamento diz que despesa com funcionários de saúde é menor porque área é coberta por estados e municípios
A análise dos gastos com pessoal no governo Lula mostra que a divisão do bolo de reajustes salariais beneficiou largamente os servidores civis. Eles ficaram com 96,5% do total de aumento da folha, enquanto os militares, com apenas 3,5%, entre o primeiro semestre de 2002 — último ano da gestão anterior — e o primeiro semestre deste ano. Os gastos com pessoal pularam de R$ 53,5 bilhões (4,75% do PIB) para R$ 79,8 bilhões (5,52% do PIB), na comparação dos dois períodos, um crescimento real de 49%, já descontada a inflação.Do aumento de R$ 26,3 bilhões na folha salarial, R$ 25,3 bilhões foram destinados aos servidores civis e só R$ 921 milhões aos militares, segundo os registros da execução orçamentária disponíveis no site do Tesouro Nacional, analisados no estudo do economista José Roberto Afonso. A maior parcela dos reajustes foi para o pessoal da ativa, que ficaram com uma fatia de R$ 15,3 bilhões, 59,3% do total.A análise não considera o impacto de todos os reajustes autorizados no governo Lula, que se estende até 2012. No caso dos militares, só em 2011 serão totalmente incorporados à folha os aumentos já autorizados. A estimativa do Ministério da Defesa é de que o peso da categoria nos gastos anuais com pessoal passe de R$ 31,8 bilhões em 2008 para R$ 39,9 bilhões em 2011.Segundo o Ministério do Planejamento, “a política de remuneração tem por objetivo atrair profissionais qualificados e fortalecer setores estratégicos para a implantação das políticas públicas pretendidas pelo governo federal”.O Planejamento destaca que “foi dada total prioridade e reforço às áreas de governo que prestam atendimento à população ou resultam em serviço para o cidadão, como o reforço na área de perícia médica e atendimento do INSS, polícia federal, auditoria e fiscalização”. A reestruturação de carreiras como de professores das universidades e pesquisadores de órgãos como Inmetro, IBGE, Fiocruz também é mencionada.
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