Por Luciano Pires
Correio Braziliense - 13/08/2009
Voltou a ganhar força no Congresso Nacional a "corrente-pra-frente" que pede a aprovação da PEC 483/05, chamada de PEC dos servidores de Rondônia. O texto propõe a migração de funcionários do extinto território (transformado em estado em 1981) para o quadro da União. Líderes partidários na Câmara já acertaram a data de votação: 16 de setembro. A polêmica promete. Até porque, nos bastidores, o governo federal tem feito de tudo (há muitos anos) para não mexer nesse vespeiro. Como os impactos orçamentários ainda não são totalmente conhecidos, a área técnica sempre estimulou a política a empurrar o assunto com a barriga. Ao que parece, no entanto, agora não tem mais jeito. As bancadas de Rondônia na Câmara e no Senado encostaram a faca no pescoço do Palácio do Planalto, que mais do que depressa acionou seus negocioadores no Parlamento.Só pra lembrar: o caso de Rondônia é bem específico. Com a lei complementar 41/81 ficou acertado que a União ficaria responsável por dez anos - portanto até 1991 por despesas com servidores civis e militares do ex-território. Isso não ocorreu em outros ex-territórios. O funcionalismo de Roraima e Amapá, que viraram estados com a Constituição de 1988, foi transferido direto e reto para a folha federal