sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Carteiros rejeitam o aumento de 9%

Correio Braziliense - 18/09/2009

Os funcionários dos Correios decidiram ontem rejeitar a proposta de aumento salarial apresentada pela empresa e manter a greve iniciada na quarta-feira. Com isso, a estatal deverá entrar com uma ação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda hoje pedindo que a paralisação seja declarada abusiva e ilegal. Ao contrário de anos anteriores, a direção da companhia também informou que vai descontar dos funcionários os dias parados.

Depois de uma rodada nacional de assembleias, os trabalhadores votaram contra o plano de reajuste elaborado pelos Correios.

De acordo com a proposta, os trabalhadores receberiam aumento imediato de 9% — referente às inflações de 2009 e 2010 —, mais R$ 100 de incorporação linear na remuneração, além da atualização dos valores do tíquetealimentação, da cesta básica e da bonificação natalina. O custo financeiro estimado dessa proposta é de R$ 733 milhões.

A paralisação atinge o Distrito Federal e estados como Rio Grande do Sul, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais. Desde o início do movimento, as encomendas expressas foram suspensas, prejudicando os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e as coletas. Os Correios têm pronto um plano de contingência que prevê o remanejamento de pessoal da área administrativa para o setor de operações. Entre as saídas de emergência estão previstas ainda contratações de funcionários terceirizados.

A Fentect, entidade que representa a categoria, informou que a proposta de aumento bianual foi o que mais desagradou aos empregados dos Correios. A pauta de reivindicações apresentada à estatal também previa a reposição de perdas inflacionárias de 41% e aumento linear de R$ 300 — o que não foi contemplado na oferta oficial. Novas discussões devem acontecer ao longo desta sexta-feira.

Moysés Leme, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos no DF (SintectDF), disse que cerca de 70% dos funcionários aderiram à greve.

Segundo ele, os Correios precisam melhorar a proposta e recuar da decisão de não conceder aumento em 2010. “Sem isso fica difícil. O que foi oferecido à categoria não contempla todas as reivindicações”, resumiu. No DF, os Correios têm 6 mil empregados, sendo 1,1 mil carteiros.

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