sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mesa corta cargos já desocupados

O Globo - 25/09/2009

Maioria dos 511 postos extintos ficava na Gráfica do Senado

BRASÍLIA. Para não ser acusada de atuar só em benefício próprio, com o aumento das vantagens dos dirigentes da Casa, a Mesa do Senado aprovou a extinção de 511 cargos efetivos da instituição.

A medida, no entanto, não implicará economia imediata aos cofres públicos, já que esses cargos fazem parte de um grupo de quase mil que estavam vagos. De acordo com o 1osecretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), este seria apenas o começo de uma série de cortes que o Senado pretende iniciar até a implantação definitiva da reforma administrativa elaborada por técnicos da Fundação Getulio Vargas (FGV).

— Não vamos parar aqui.

Estes são os primeiros 500 cargos que estão sendo extintos.

São 500 vagas da estrutura do Senado que estamos cortando para evitar que sejam preenchidos. São cargos que a modernização administrativa fez com que se tornassem desnecessários — explicou Heráclito Fortes.

O 1º secretário acrescentou que a Diretoria Geral da Casa está fazendo um levantamento para averiguar a hipótese de existência de outros cargos inúteis na instituição.

Heráclito diz acreditar que esse número será ampliado em breve e definiu a providência como primeiro passo para o prometido enxugamento da máquina administrativa do Senado.

De acordo com o diretor-geral, Haroldo Tajra, a maioria dos cargos extintos é da Gráfica do Senado.

O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), anunciou ontem que o Conselho Diretor do Senado já concluiu a análise da proposta de reforma administrativa sugerida pela FGV e que, em breve, pretende submeter as medidas ao plenário.

— Esse trabalho oferece o enxugamento de 40% da máquina administrativa e reduz a sete diretorias apenas a Direção da Casa. Além de toda uma organização modernizante, vai ser exemplo para a organização administrativa no Brasil — salientou Sarney.

Tajra informou que o Senado tem hoje 9, 5 mil funcionários, entre efetivos, comissionados e terceirizados. Uma das metas é reduzir em 30% os terceirizadas.

Hoje a diretoria geral da Casa deverá formalizar a demissão de Henrique Dias Bernardes, ex-namorado da neta do presidente da Casa, José Sarney (PMDBAP), Maria Beatriz Sarney. A determinação de demitir Henrique foi anunciada há algumas semanas mas ele estaria de férias. O ex-namorado de Beatriz é lotado Serviço Médico do Senado.(Adriana Vasconcelos)

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