Autor(es): EDUARDO SCOLESE DA SUCURSAL DE BRASÍLIA |
Folha de S. Paulo - 01/04/2010 |
"O governo comemora a queda no desmatamento e o avanço do PAC, mas isso é por causa dos servidores. Se não tiver uma mudança [aos servidores], o PAC não vai avançar", disse Jonas Moraes Corrêa, da associação dos servidores (Asibama).
Durante a greve, os servidores do Ibama ameaçam denunciar ao Ministério Público Federal qualquer tentativa da Presidência de atropelar o encaminhamento das licenças ambientais.
O recado tem um endereço: a Casa Civil, já que o PAC é vendido pelo governo como uma vitrine da pré-candidatura presidencial da petista Dilma Rousseff, a partir de hoje ex-ministra e ex-coordenadora do programa.
Ontem, logo após tomar posse, a nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a greve é "inoportuna", pois em primeiro lugar é preciso negociar a aprovação de um plano de carreira, para a seguir discutir cargos e salários.
Os licenciamentos (prévios, de instalação e de operação) são emitidos por servidores do Ibama, agora em greve, assim como funcionários do Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente e do Serviço Florestal Brasileiro.