Autor(es): Gabriel Caprioli |
Correio Braziliense - 12/08/2010 |
Prestadores de serviço contratados pela Visual interrompem limpeza do ministério por terem recebido salários menores.
A Visual atribuiu o atraso no pagamento ao ministério, que não repassou os recursos equivalentes em tempo. O motivo seria, segundo a empresa, a ausência da fiscal responsável pelo contrato firmado com o órgão público, Renata Simas, que viajou sob a alegação de fazer um curso. Nesse caso, a terceirizada é a responsável por cobrir o pagamento, posteriormente compensado pelo ministério. A Visual, entretanto, alegou outra dificuldade imposta pela Fazenda.
Os prestadores de serviços conquistaram em abril, em acordo coletivo da categoria, aumento de 10% no salário, de R$ 510 para R$ 561, e de 64% no vale-alimentação. A Fazenda, no entanto, não ajustou os valores contratuais, gerando despesa adicional de R$ 50 mil à Visual, que alega ter raspado o caixa e usado todo o capital de giro disponível para cobrir a diferença desde então. “O direito do trabalhador é líquido e certo, mas há um desequilíbrio contratual e estamos operando no vermelho. Estando pagando pelo valor novo e recebendo o valor antigo”, afirmou um funcionário da Visual, que preferiu não se identificar.
Procurada pelo Correio, Renata Simas, da Fazenda, recusou-se a comentar a paralisação. Os funcionários da Visual fizeram ontem um acordo com a empresa e retornaram ao trabalho, mas prometem nova paralisação para hoje, caso não recebam o restante dos salários. Somente no edifício sede da Pasta, a Visual mantém 44 funcionários, sem contar os outros sete prédios da administração fazendária.