quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cofre aberto a servidores


Autor(es): Gustavo Henrique Braga
Correio Braziliense - 01/09/2010


O teto reservado para reestruturação de carreira e reajustes em 2011 será de R$ 2,8 bilhões, com impacto anual no orçamento dos anos seguintes de até R$ 5 bilhões. Ao todo, a reserva para gastos com pessoal e encargos sociais será de R$ 182,8 bilhões, 8,8% (R$ 14,8 bilhões) a mais em comparação ao Orçamento de 2010. Devido ao crescente desequilíbrio nas contas públicas, o forte ritmo dos gastos com pessoal tem sido objeto de um constante embate entre governo e analistas. O Ministério do Planejamento defende, no entanto, que não há motivos para preocupação, já que houve uma redução de 5% para 4,7% na despesa com servidores, considerada a proporção relacionada ao Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro Paulo Bernardo minimizou o problema dizendo que, após uma série de reajustes concedidos durante o governo Lula, poucas categorias serão contempladas em 2011. “Neste ano, tivemos reajustes aplicados em julho, o que significa só meio ano de impacto. Já em 2011, será para todo o período”, afirmou. Mas o estrago nas contas foi alto durante os 8 anos do governo. A reserva para despesas primárias da União — onde estão os gastos com pessoal e encargos — subiram de R$ 324 bilhões, em 2003, para R$ 913 bilhões em 2011.

Os servidores mais abastados pela previsão de reajustes e planos de carreira serão os do Executivo federal. No total, R$ 929 milhões que poderão ser usados, por exemplo, em subsídios dos policiais rodoviários federais. Para o Judiciário, estão previstos R$ 242 milhões. Mas não há reserva para o aumento de salários de juízes e promotores, categoria que reivindica 56% de correção. (GHB)


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