terça-feira, 19 de julho de 2011

Na Fazenda, bloqueio dos tíquetes


Correio Braziliense     -     19/07/2011




Os terceirizados do Ministério da Fazenda sofrem, mais uma vez, com o desrespeito das prestadoras de serviços contratadas pelo órgão. Os funcionários da Delta, 840 técnicos e auxiliares administrativos, que deixaram as compras de supermercado para o meio de julho, tiveram uma surpresa nada agradável. Desde a última terça-feira, o cartão de auxílio alimentação, que é carregado todo dia 1º, está bloqueado. Os trabalhadores recebem R$ 16 por dia — um total de R$ 352 por mês. "Muitos ainda não utilizaram nada", diz uma funcionária, que preferiu o anonimato.

Os funcionários não receberam nenhuma explicação da Delta ou previsão de desbloqueio. "A única coisa que nos dizem é que estão trocando a empresa administradora do cartão e, por isso, suspenderam o serviço", desabafou outro terceirizado. Quem procura informações tem de lidar com o jogo de empurra: o ministério negou qualquer responsabilidade e a prestadora de serviços se recusou a esclarecer a situação.

A farra das empresas terceirizadas na Esplanada dos Ministérios vêm de longa data. Um técnico que trabalha há 13 anos na Fazenda, contou que já passou por cinco prestadoras, todas com irregularidades. "A empresa declara falência e some com o dinheiro dos trabalhadores. Já nos acostumamos com isso. Quando surge o calote, passamos para outra empresa e continuamos trabalhando. Precisamos de salário", lamentou.

O Correio denunciou, em março deste ano, que antes mesmo de completar seis meses de contrato com o Ministério da Fazenda, a Condor, responsável pelo fornecimento de pessoal para as áreas de limpeza e serviços gerais, atrasou o salário dos funcionários. À época, a Pasta informou que apurou as reclamações e foram encontrados atrasos nos pagamentos dos salários de seis funcionários.



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