terça-feira, 9 de agosto de 2011

Agência Câmara promove bate-papo sobre previdência complementar de servidor



Agência Câmara de Notícias     -     09/08/2011




Se aprovada, proposta (PL 1992/07) dará origem à maior entidade de previdência complementar fechada do mercado brasileiro.

A Agência Câmara de Notícias realizará hoje, às 15 horas, o seu primeiro bate-papo do ano. O tema é o Projeto de Lei 1992/07, do Executivo, que institui o regime de previdência complementar dos servidores públicos federais. Os internautas poderão enviar perguntas para o relator do texto na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, deputado Silvio Costa (PTB-PE). A proposta deverá ser votada nesta quarta-feira (10).

Para participar do chat, basta acessar o site www.agencia.camara.gov.br  e clicar no banner do bate-papo, que estará disponível no alto da página.


Características do novo regime
De acordo com a proposta do Executivo, o novo regime obriga todos os que ingressarem no serviço público, após a vigência da nova lei, a ter o valor dos proventos de aposentadoria e pensão limitado ao máximo dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – atualmente em R$ 3.689,66. Qualquer valor adicional deverá ser buscado mediante adesão à Fundação da Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).

“Não consideramos justa a enorme disparidade que hoje existe entre o regime geral de previdência social e o regime próprio dos ocupantes de cargos públicos”, disse o relator. “Ou tomamos uma decisão urgente ou o Brasil não vai ter dinheiro para pagar seus aposentados em breve”, disse. Segundo ele, hoje o regime próprio dos servidores dá aos cofres públicos prejuízo de R$ 55 bilhões por ano.

Porém, a proposta enfrenta resistência de sindicatos ligados ao servidor público e de deputados, inclusive da base de apoio do governo, que consideram a proposta prejudicial aos novos servidores e não concordam que o regime próprio da previdência dos funcionários públicos é deficitário.

O novo regime valerá para todos os servidores públicos titulares de cargo efetivo da União, suas autarquias e fundações, inclusive os membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU). Os atuais servidores, conforme o substitutivo apresentado pelo deputado Silvio Costa, terão 24 meses para decidir se migram para o novo regime. Na proposta original, o prazo previsto era de 180 dias. “Essa restrição pode levar o servidor a tomar uma decisão precipitada, com graves consequências e de caráter irreversível”, afirmou o relator.

Contribuição
Atualmente, os ocupantes de cargos efetivos da União, de suas autarquias e fundações contribuem para o financiamento do regime próprio de previdência com 11% da remuneração integral. À administração pública, cabe pagar o dobro desse valor e cobrir eventuais insuficiências financeiras.

No regime complementar proposto pelo governo, a alíquota de contribuição do servidor será definida por ele, conforme o benefício que desejar obter. A contribuição patronal terá alíquota máxima de 7,5% e incidirá somente sobre a parcela da remuneração que exceder ao teto do RGPS. Além disso, o servidor também vai pagar a alíquota de 11% que incide sobre o “teto”. “Portanto, o encargo previdenciário da União, relativo à parcela de remuneração do funcionalismo excedente ao teto do RGPS, seria reduzido para praticamente um terço do atual “, disse o relator. “Por se tratar de regime previdenciário na modalidade de contribuição definida, o ente estatal ficará isento da responsabilidade de compensar o deficit operacional do fundo.”

Fundo
Se aprovada a proposta, a Funpresp, criada para gerir os recursos, será a maior entidade de previdência complementar do mercado brasileiro. Em seu substitutivo, o relator rejeitou todas as emendas relativas à criação de fundos específicos para categorias de servidores. A Funpresp será uma fundação com personalidade jurídica de direito privado, com autonomia administrativa, financeira e gerencial e terá sede e foro no Distrito Federal. “Isso não significa que é uma entidade privada. Ela será gerida de forma paritária, com representantes das esferas do governo e dos servidores”, diz o relator.

A Funpresp será constituída de conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva. O relator também acrescentou a previsão de conselho consultivo para a fundação, composto, paritariamente, por representantes de patrocinadores, de um lado, e de participantes e assistidos, de outro. O regime jurídico de pessoal para a fundação será o celetista. Porém, deverá ser promovido concurso público para a contratação de pessoal.



Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra