Blog do Servidor Público Federal - 04/08/2011
Categoria quer reduzir de 17 para 13 os níveis de progressão e aumento de 45% do piso salarial
O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, recebeu ontem professores de universidades federais para discutir mudanças no plano de carreira da categoria. O governo manteve sua proposta inicial: a de criar uma nova classe, de professor sênior, com quatro níveis de progressão. Essa classe estaria entre as de professor adjunto e professor titular, com salário de até R$ 14 mil.
Essa ideia vai na contramão do que quer o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). "Essa nova classe já foi rejeitada pelas entidades. Desse jeito, só os professores que chegarem a essa nova classe terão reajuste, e mesmo assim só no futuro", diz Almir Menezes Filho, diretor do Andes. Na verdade, os sindicatos querem é diminuir os níveis de carreira.
Hoje são 17, e a progressão acontece por tempo de serviço, pelo menos dois anos de serviço para cada mudança. Com a proposta do governo, esse número subiria para 21. O Andes quer diminuir para 13. "Quanto mais se estende a carreira, mais se achata o piso salarial", diz Almir.
O piso da categoria é em torno de R$ 1.500. O sindicato quer que esse valor suba para R$ 2.176 – igual ao salário mínimo ideal estabelecido pelo Dieese. Além disso, quer que todas as gratificações – que hoje representam metade da remuneração da maioria dos docentes – sejam incorporadas ao salário-base.
Na reunião de ontem, o secretário Duvanier Paiva alertou que a margem para negociação é "pequena". Almir questionou se o governo estava disposto a ceder em algum ponto. “Eu abro mão de qualquer coisa, só preciso ser convencido”, respondeu Duvanier.
Nesta quinta e sexta, o Andes reúne representantes de todas as universidades federais do país para elaborar uma nova proposta. O tempo para fechar a negociação é curto. Acaba no próximo dia 31, quando o governo envia ao Congresso a Lei Orçamentária de 2012. "Vamos negociar até o último momento", diz Almir, que prefere ainda não falar de uma possível greve.
A próxima reunião entre o governo e sindicatos será no dia 9 de agosto.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Andes
Fonte: UnB Agência