quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Conselho de Administração vai analisar jornada de 30 horas para servidores



UnB Agência     -     29/09/2011





Sintfub cobrou do reitor publicação de resolução. Unidades que já adotam o sistema aprovam a mudança


O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) pediu ao reitor José Geraldo de Sousa Júnior a publicação de uma resolução com normas para o regime de 30 horas de trabalho por semana. O reitor esclareceu que o processo ainda precisa passar pelo Conselho de Administração (CAD). “Estamos convencidos que a mudança é o melhor para UnB, mas a resolução ainda precisa ser apresentada aos membros do Conselho de Administração (CAD)”, destacou. “Dependemos do convencimento deles para que o novo regime seja adotado na universidade como um todo”.

Mauro Mendes, dirigente do Sintfub, afirmou que algumas unidades ainda estão resistentes a nova regra. “Elas dizem que só vão fazer isso quando a resolução já estiver valendo”, explica. Para Gilca Starling, decana de gestão de pessoas, a implantação da nova regra depende do diálogo com as unidades. “O decanato reuniu relatos e sugestões sobre as dificuldades para implantação do horário. Estamos concluindo um estudo para fundamentar a resolução”, afirma.

Segundo ela, alguns testemunhos já apontam para um resultado positivo nos primeiros meses depois que a administração adotou oficialmente o regime. “Já temos secretarias funcionando em tempo integral, o que facilita a vida de alunos e professores”, relata. Segundo Davi Diniz, chefe de gabinete da Reitoria, é preciso ter a consciência de que o novo regime deve ser aplicado gradualmente. “Não dá para implantar as 30 horas por decreto”, afirma.

EXEMPLO - A Faculdade de Educação (FE) já adota o regime de horário corrido, sem intervalo para o almoço, há mais de 15 anos. “Adotamos o trabalho em turnos por uma necessidade melhorar o atendimento à comunidade”, explica Cristiano Muniz, vice-diretor da FE. “Somos uma das unidades com maior demanda de atendimento, temos mais de 4 mil alunos matriculados”, conta. O professor destaca que a medida acabou resultando em benefícios para o servidor. “Ele pode estudar e resolver questões pessoais no turno oposto, sem afetar a rotina de trabalho”.

Ruth Miguel, secretaria da direção da FE, afirma que o horário corrido abre tempo na agenda para investir na própria qualificação. “A maioria dos funcionários aqui já tem graduação por causa disso”, afirma. O sistema permitiu que Ruth concluísse o curso de Pedagogia. “Agora estou fazendo mestrado em Psicopedagogia”, comemora. Gilberto Nunes, assistente da Secretária de Graduação da FE, diz que procurou o trabalho justamente pelo horário diferenciado. “Com o horário corrido temos tempo de exercer outras funções”, explica o funcionário.

O campus de Planaltina (FUP) seguiu o exemplo da FE e desde o início do ano também adota o novo sistema. Carla Albuquerque é técnica em laboratório na FUP afirma que sua produtividade aumentou. “Parece que eu trabalho bem mais num tempo menor”, afirma. Carla ressalta, contudo, que alguns setores ainda sofrem com a limitação do número de funcionários. Segundo o diretor da FUP, Marcelo Bizerril, a contratação de novos funcionários depende da abertura de concursos pela administração da UnB. “Apesar disso, estamos gostando do resultado. Não teve maiores problemas e é justo com a demanda dos servidores”, afirma.



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