DIAP - 12/09/2011
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou,
na última quinta-feira (8), estudo que revela que ao longo dos oito anos do
governo Lula a administração pública brasileira foi ampliada em 30,2%. A
pesquisa mostra que foram criadas, entre 2003 e 2010, 155.534 vagas por meio de
concursos públicos, com uma média de 19.441 novas vagas por ano.
Entre 1995 e 2002, na gestão tucana do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, foram criadas apenas 51.613 vagas, com uma média
anual de 6.451 novos empregos no setor público.
Na opinião do deputado Paulo Teixeira (SP), líder do PT na
Câmara, os números atestam o caráter republicano do ex-presidente Lula.
"O Estado foi reorganizado para que pudesse cumprir as
suas funções adequadamente e melhorar o atendimento às demandas da população.
Isso é fruto da visão do ex-presidente Lula e do próprio Partido dos
Trabalhadores", avaliou Teixeira.
O deputado Policarpo (PT-DF) endossa a opinião do colega de
bancada e lembra que o salário do funcionalismo público também foi recuperado.
"Durante a gestão de FHC, os servidores viveram sob
permanente arrocho salarial e sofreram grandes perdas salariais",
criticou, acrescentando que "o governo Lula reverteu isso e não apenas
recompôs a estrutura de pessoal e a capacidade do Estado, como também priorizou
o investimento nos servidores públicos e promoveu a recomposição salarial da
categoria. Lula ‘republicanizou' o Estado brasileiro", afirmou Policarpo,
que também é funcionário público de carreira.
O estudo sobre "Ocupação no setor público brasileiro:
tendências recentes e questões em aberto" mostra que não houve variação na
proporção do PIB (Produto Interno Bruto) gasta com a folha salarial das três
esferas de governo.
A pesquisa também mostra que as despesas com pessoal ativo e
inativo nas três esferas de governo mantêm-se em patamares estáveis em relação
ao total das receitas tributárias.
Novo perfil do servidor
O perfil dos ocupantes de cargos na administração pública,
no entanto, modificou-se, pois o grau de escolarização e a presença feminina
aumentaram e houve maior substituição de pessoal terceirizado e administrativo.
Apesar de essas características representarem ganhos no
desempenho institucional a médio e longo prazo, o Ipea alerta para a falta de
uma definição clara do governo federal sobre estratégias de gestão de recursos
humanos.
Os pesquisadores do Ipea afirmam ser indispensável, para
comprovar o processo de modernização do país e a qualificação dos seus
funcionários, uma avaliação do governo sobre processos seletivos para
contratação de pessoal e sobre o desempenho dos servidores.
Segundo o estudo, a ocupação pública acompanhou a conjuntura
econômica favorável: "A economia está crescendo, gerando emprego e os
salários sobem tanto no setor público quanto no privado", disse Roberto
Gomide, pesquisador do Ipea.
(Fonte: Portal Vermelho, com agências)