terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sindicato vota pelo fim da greve



UnB Agência     -     20/09/2011





Servidores técnico-administrativos aprovam seguir orientação da Fasubra de voltar ao trabalho na próxima segunda-feira. Decisão final depende do resultado das assembleias no país

Os servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília aprovaram, em assembleia nesta terça-feira, 20 de setembro, seguir orientação da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas (Fasubra) de encerrar a greve da categoria, que completa 106 dias.

A volta ao trabalho depende, no entanto, do resultado das assembleias de funcionários que ocorrerão até sexta-feira nas 50 instituições de ensino superior atualmente em greve. Se a maioria delas aprovar a saída do movimento, as atividades serão retomadas no próximo dia 26 na UnB e demais instituições. "É bem provável que na segunda-feira os serviços voltem ao normal", disse Antônio Guedes, um dos condenadores do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).

A decisão da Fasubra foi aprovada no último dia 16, depois que duas universidades saíram do movimento. Com a retomada das atividades, a entidade espera conseguir negociar com o governo federal.

A categoria reivindica piso salarial de pelo menos três salários mínimos. Segundo a Fasubra, o vencimento básico dos técnico-administrativos atualmente é R$ 1.034. A entidade queria que o reajuste fosse incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional. No entanto, em mais de um encontro com representantes sindicais dos servidores, o Ministério do Planejamento afirmou que só negociaria com o encerramento da greve.

O fim da paralisação na UnB foi aprovado pela maioria dos cerca de 150 servidores presentes na assembleia. Apenas 20 votaram contra e 13 se abstiveram. "Não é uma derrota", avaliou, durante a assembleia, Eurides Pessoa, uma das coordenadoras do Sintfub. "Temos de ser realistas e confiar no compromisso de negociar colocado pelo governo", completou.

Mauro Mendes, também integrante da coordenação do Sintfub, defendeu a saída da greve, mas lamentou a falta de negociação. "A culpa da não negociação por causa da paralisação é uma ideia plantada pelo governo federal", disse. Ele defendeu a continuidade da mobilização para garantir as reivindicações. "Temos de continuar a luta", enfatizou.

Rogério Fagundes, da Fasubra, lembrou que outras categorias não conseguiram aumento, mesmo não estando em greve. Como exemplo, ele cita os servidores dos ministérios da Saúde e da Cultura, e funcionários da Funasa e do INSS.

TEMPORÁRIO - A ideia é elaborar uma pauta de entendimento com o governo desde já e, se não houver negociações, voltar à greve no próximo semestre. Até lá, o movimento pretende fazer paralisações para pressionar o legislativo federal em votações de emendas, como a que regula o regime jurídico único dos servidores e a que corrige distorções na carreira.

Os funcionários querem também barrar a votação do Projeto de Lei 1.749/2001, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), no Senado Federal. A votação na Câmara dos Deputados está marcada para a tarde desta terça-feira. Para o movimento, a empresa irá privatizar os serviços e fere a autonomia.

O servidor Marcos Valério defendia a volta ao trabalho há algum tempo. Para ele, os grevistas perderam a oportunidade de recuar anteriormente para negociar. "Não conseguimos buscar a unidade necessária do movimento para negociar com o governo", disse. Na opinião dele, é preciso repensar o método de negociação com esse novo governo. "Esse governo negocia diferente", disse. Marcos aponta que várias categorias que não entraram em greve conseguiram aumentos, com os professores.



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