Autor(es): Fábio Fabrini
O Globo - 18/11/2011
Órgão que coordena
ações para 2016 deixa o Planejamento para ficar com o Esporte
BRASÍLIA. Criada em março para coordenar ações para os Jogos
de 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) deixará de ser vinculada ao
Ministério do Planejamento, passando a integrar a estrutura do Ministério do
Esporte. Após oito meses de fundação e a mudança de "guarda-chuva",
esta funciona com menos de 10% dos funcionários previstos e sede provisória no
Rio.
A lei que criou a APO estipulou um corpo de até 181
servidores. Havia ontem 15 nomeados para cargos superiores. O escritório foi
montado em um andar do Banco do Brasil, no Centro do Rio. Não há representação
em Belo Horizonte e Salvador, e, em Brasília, está no Centro Cultural Banco do
Brasil. O presidente da APO, Márcio Fortes, adiantou que o órgão terá R$80
milhões em 2012, mas não informou quando o quadro de pessoal estará completo. O
objetivo é instalar a APO próximo à Prefeitura do Rio, onde também trabalhariam
equipes do governo federal, estadual e municipal.
A mudança de vinculação foi tomada pela presidente Dilma
Rousseff. A decisão fortalece o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, agora
supergerente da Copa e dos Jogos de 2016.
- A vinculação ao Planejamento se justificava na
estruturação da APO, mas na execução das tarefas, seria mais natural que esse
vínculo viesse para o Esporte - afirmou Rebelo.
Fortes, presidente da APO, informou que a matriz de
responsabilidades de 2016 será uma lista enxuta de obras de estrutura, sem
projetos extras.
Ao GLOBO, Gilbert Felli, dirigente do Comitê Olímpico
Internacional (COI), havia dito que 2016 não teria problemas com a mudança de
ministro, porque lidava com a APO, e não com o ministro.