Agência Câmara de Notícias -
08/11/2011
Deputados presentes à audiência que discutiu o Projeto de
Lei 1992/07, que regulamenta a previdência complementar de servidores públicos,
fizeram pesadas críticas à proposta.
De acordo como do deputado João Dado (PDT-SP), ao longo dos
anos os diferente governos “dilapidaram” o patrimônio da Previdência e agora
querem passar o ônus dessa dilapidação para quem não deu causa a ela”, que são
os servidores públicos.
O deputado garantiu ter “provas documentais” de que obras
como a construção do Senado e da Ponte Rio-Niterói forma pagas com
contribuições de trabalhadores, o que levou ao déficit atual. “Deveríamos
calcular quanto o Estado deve para os trabalhadores, e, ao fazê-lo, desvendar a
luta do capital e dos capitalistas, que querem fazer aqui o que já fizeram na
Argentina”, assegurou.
Também para o deputado Ivan Valente (Psol-SP) “há uma
mistificação permanente a respeito do déficit e essa história tem de vir à
tona”. “Como foi dito aqui, antigamente erem oito trabalhadores para um
aposentado, cadê o capital? Quem se apropriou disso?”, questionou. O deputado
assegurou ainda que o “objetivo real” da medida é servir ao “sistema financeiro
internacional”.
Mesma opinião expressou o deputado Policarpo (PT-DF). Ele
destacou que no Judiciário hoje existem mais de quatro ativos para um
aposentado. “Todos sabemos que com a proporção de três para um no sistema
paritário é tranquilo garantir aposentadoria para servidores”, afirmou.
Caso o projeto seja aprovado, a Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público (Funpresp), instituída pela proposta, vai
administrar o maior fundo de previdência da América Latina.
A audiência foi encerrada há pouco.