FENAPEF - 05/11/2011
Os dez primeiros meses do governo Dilma Rousseff levaram à
expulsão de 465 servidores federais - um número recorde na comparação com igual
período dos últimos oito anos. A informação foi dada nesta sexta-feira (4) pela
CGU (Controladoria-Geral da União), responsável por auditorias em órgãos
federais e pelo Portal da Transparência. O período coincide com exonerações em
série em várias pastas por suspeita de corrupção e de má gestão.
Segundo a CGU, houve 404 expulsões nos dez primeiros meses
do ano passado. Em 2009 foram 352 e em 2008, 313. Desde o primeiro ano do
governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando o órgão foi criado, houve 3.434
expulsões. Neste ano, o governo promoveu grandes mudanças, sempre após
denúncias, nas estruturas dos ministérios dos Transportes, Agricultura e
Turismo. Um movimento semelhante é esperado na pasta do Esporte.
A controladoria informou também que das 465 expulsões deste
ano, 386 foram demissões do cargo efetivo, 46 destituições do cargo em
comissão, e 33 cassações de aposentadoria. Quase 32% das expulsões (1.831
casos) aconteceu por "obtenção de vantagens". A improbidade
administrativa aparece em seguida, com cerca de 20% do total (1.110 casos).
Outros 316 servidores (5,4%) foram expulsos por recebimento de propina.
"Embora a grande maioria (56,6%) dos casos de expulsão
esteja relacionada à prática de corrupção, há casos vinculados a outros
problemas", disse a CGU em nota. Há 501 servidores (8,6%) expulsos por
abandono do cargo, 281 (4,8%) por desídia (preguiça, desleixo), e 30% por como
“outros motivos”.
Fonte: Uol