CGU -
04/11/2011
Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, 465
servidores federais foram expulsos da administração pública, um número recorde
em relação ao mesmo período dos últimos oito anos. Em 2010, por exemplo, houve
404 expulsões nos dez primeiros meses; em 2009, 352; e em 2008, 313. Desde
2003, quando o Governo Federal passou a intensificar a aplicação de penalidades
administrativas a servidores envolvidos em irregularidades, já houve 3.434 punições
expulsivas.
Das 465 expulsões realizadas neste ano, 386 foram demissões
do cargo efetivo, 46 destituições do cargo em comissão, e 33 cassações de
aposentadoria. O valimento do cargo para obtenção de vantagens foi o motivo da
maior parte das expulsões (1.831 casos), representando 31,7% do total. A
improbidade administrativa vem logo a seguir, com 1.110 casos (19,2%). Outros
316 servidores (5,4%) foram expulsos por terem recebido propina.
Embora a grande maioria (56,6%) dos casos de expulsão esteja
relacionada à prática de corrupção, há casos vinculados a outros problemas: 501
servidores (8,6%) foram expulsos por abandono do cargo, 281 (4,8%) por desídia
(preguiça, desleixo), e quase 30% foram classificados como “outros motivos”. Os
dados constam de levantamento realizado pela CGU e divulgado nesta sexta-feira
(4), no site da instituição. (Veja aqui o relatório completo).
A intensificação do combate à corrupção e à impunidade na
Administração Federal é uma das diretrizes do trabalho da Controladoria-Geral
da União, responsável pelo Sistema de Correição da Administração Pública
Federal, que conta hoje com uma unidade em cada ministério e é dirigido pela
Corregedoria-Geral da União, órgão integrante da estrutura da CGU.