sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CHEFES, EQUIPE DE TRABALHO E SINCALISTAS PRESTAM HOMENAGEM A DUVANIER



BSPF     -     20/01/2012





Brasília – Nas três horas e meia em que o corpo do secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira, foi velado na Capela 2 do Campo da Esperança na tarde de hoje (19), as mais de 200 pessoas que passaram pelo local puderam testemunhar o quanto ele era respeitado e admirado.

O secretário morreu pela manhã, às 5h30, de um infarto no miocárdio, assim que deu entrada no Hospital Planalto, em Brasília. O corpo, num caixão coberto com as bandeiras da CUT e do PT, seguiu às 16h30 para São Paulo, e será sepultado na tarde de hoje, no Cemitério de Congonhas. Além da família – a mulher, Cássia Gomes, e a filha, Sofia – acompanharam o féretro as principais autoridades da SRH/MP.

Para os chefes, a impressão que deixou foi a de um profissional dedicado que fazia seu trabalho com prazer e competência, como frisou a ministra do Planejamento Miriam Belchior, tendo ao lado seu antecessor na Pasta, o atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

"Como pessoa, ele foi para mim alguém absolutamente especial, encantador", disse Miriam Belchior. "Como militante, tem uma trajetória longa no movimento sindical, nem sou a melhor pessoa para falar dela. E como ministra do Planejamento quero dizer que ele tornou em sua tarefa profissional o que era sua militância. Tarefa difícil, mas que ele dizia que alguém tem de fazer. E mais do que tudo, dizia: 'Eu gosto de fazer'", continuou a ministra. "Essa perda é do nosso governo, mas é também de todas as lideranças sindicais com quem ele se relacionou nesses anos em que comandou a Secretaria de Recursos Humanos".

Para sua equipe, Duvanier era um amigo sempre de riso franco e aberto que, mesmo sob as mais duras pressões, conduzia com tranqüilidade o trabalho, num ambiente fraterno. Como ficou claro pelas palavras da secretária-adjunta, Marcela Tapajós, que esteve com ele até as últimas horas da quarta-feira, 18, já noite alta, no último expediente que ele cumpriu no sétimo andar do Bloco C da Esplanada dos Ministérios.

"Foi um expediente duro, como costuma ser todos os dias, estávamos retomando a agenda sindical. Ele vinha das férias e tivemos, neste ano, nosso primeiro dia de atividades com os representantes do movimento sindical", disse. "Foi um dia pesado, mas muito frutífero, ele estava muito feliz, sempre fez isso com muito prazer e também com muita sabedoria", contou, observada pelo corpo de servidores da SRH/MP, que esteve em peso no velório, se juntando a diversos ex-servidores que trabalharam com o secretário no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E para os sindicalistas, seus antigos companheiros de movimento sindical, hoje interlocutores nas incontáveis reuniões realizadas nos últimos anos, ficou a história de respeito conquistado nos dois lados do front de batalha.
"Independentemente do mérito do resultado das negociações, o Duvanier conseguiu criar um ambiente franco de diálogo entre os trabalhadores do setor público e o governo", comentou Pedro Armengol, diretor-executivo e coordenador do setor público da CUT. "Sempre houve uma relação de respeito mútuo, construímos bons produtos, principalmente no governo Lula, quando tivemos mais de 70 negociações".

Mesmo sindicalistas que representam setores que nos últimos meses tiveram situações de conflito com o governo, como a Fasubra, fizeram questão de comparecer ao velório para render sua homenagem ao secretário Duvanier. Paulo Henrique dos Santos, coordenador-geral da entidade que representa os trabalhadores técnico-administrativos das universidades e que no ano passado realizou uma longa greve, define assim a relação:
"Tivemos vários embates, mas ele sempre conseguia mostrar para a gente que a divergência foi justamente o lado positivo da reunião, porque provocou uma reflexão das bancadas do governo e sindical, surgindo daí um produto que pode trazer benefício para a gestão pública. Foi não apenas um interlocutor do governo, mas um companheiro que apontava e permitia que nós refletíssemos e pudéssemos amadurecer no processo de negociação", disse o dirigente sindical.


Fonte: Sítio do Servidor Público



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