domingo, 15 de janeiro de 2012

Servidor federal preguiçoso ou desleixado no trabalho corre risco de demissão



Djalma Oliveira
Jornal Extra     -     15/01/2012





Que dê o primeiro bocejo quem nunca sentiu aquela preguiça na hora mais imprópria: a do trabalho. Acontece com todo mundo, mas atitudes como essa podem custar o emprego de servidores federais. De 2003 a 2011, 288 funcionários públicos da União foram demitidos por apresentarem preguiça ou desleixo nas repartições. O comportamento é tecnicamente chamado de desídia.

Com base em informações da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pelos programas de controle interno do governo federal, o EXTRA listou os sete pecados capitais do funcionalismo público. Aqueles comportamentos que, se verificados pelas autoridades, deixam o funcionário na corda bamba.

Um dos pontos é como o servidor cuida dos instrumentos de trabalho. Quem não tem cuidado com senhas de acesso aos computadores, por exemplo, está na mira do governo. A falta de atenção aos documentos e a outros materiais recebidos também é avaliada.

A pontualidade, seja para entregar tarefas ou simplesmente para estar na repartição na hora marcada, conta. O servidor que chega atrasado com frequência ou deixa para amanhã o que deveria ter feito ontem vai para o paredão.

Mesmo que não se goste do chefe, é preciso respeitar as ordens dele. A desobediência à hierarquia é outro sintoma de desídia.

Os cuidados com a vestimenta e a higiene fecham a lista dos sete pecados. A CGU ressalta que a roupa não tem que seguir o gosto pessoal da chefia. Por outro lado, os trajes não podem representar uma afronta à população, causando perda de credibilidade para a administração pública.

Da advertência ao processo
A primeira providência tomada ao identificar um servidor preguiçoso ou desleixado é dar uma advertência. Em muitos casos, a medida resolve problemas como falta de asseio e vestuário incompatível. Quando isso não é suficiente, é aberto um processo administrativo, que dá ao funcionário amplo direito a defesa.

Quem usa os serviços públicos diz saber identificar quem faz corpo mole.

— Se você observar, vai perceber que tem um servidor que atende quatro pessoas em uma hora e outro, apenas uma — diz o professor Adelson Cordeiro de Lima, de 27 anos.

A pedagoga Manolete da Silveira Lucas Neves, de 40 anos, é a favor de uma lei determinando um tempo máximo para atendimento:
— O que não pode é a gente ficar o dia todo esperando.



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