Correio Braziliense - 30/03/2012
O governo federal destravou o investimento, mas os gastos
com o funcionalismo ainda desequilibram a conta. No primeiro bimestre, a folha
dos servidores consumiu R$ 1,3 bilhão — 4,5% a mais que no mesmo período do ano
passado. Já os investimentos cresceram 2,5%, somando R$ 9,6 bilhões, pouco
acima dos R$ 9,3 bilhões registrados nos dois primeiros meses de 2011. O
resultado reverte a tendência verificada em janeiro, quando os investimentos
tiveram redução de 1,8% na comparação com o mesmo período de 2011.
Do total de investimentos, R$ 2,5 bilhões foram para o
programa Minha Casa, Minha Vida e R$ 4,1 bilhões, para o Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), que teve alta de 19,1% sobre o primeiro bimestre de 2011.
Já o deficit da Previdência subiu R$ 1,3 bilhão, com pagamento de R$ 23,9
bilhões em benefícios, despesa 5,9% maior do que a verificada em janeiro.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que
dados preliminares de março mostram que os desembolsos melhoraram em relação a
fevereiro. Ele ressaltou que não há contradição entre cumprir o primário e
fazer investimentos. "Não achamos que investir implique não cumprir o
primário. O resultado de janeiro e fevereiro demonstra que é possível fazer
redução de despesa que permita investimento mais forte", afirmou. O
secretário considerou o resultado positivo. "Esse é o melhor fevereiro da
história e o melhor acumulado do ano também, sem contar que é o melhor
acumulado de doze meses."