Agência Brasil
- 19/03/2012
Brasília - O sistema de previdência do servidor público
precisa ser reformulado porque o modelo atual de financiamento não é
sustentável, disse hoje (19) o secretário de Previdência Complementar do
Ministério da Previdência, Jaime Mariz.
“Hoje, temos [uma média de] 1,17 servidor para financiar a
aposentadoria de um servidor, sendo que os especialistas dizem que deveríamos
ter quatro servidores para ter um financiamento sustentável”, ressaltou durante
audiência pública conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Assuntos
Sociais do Senado. “Precisamos alterar o regime para o futuro, e , ao
reformulá-lo, buscamos fazer da mesma maneira como outros países já fazem”,
acrescentou.
De acordo com Mariz, nos próximos cinco anos 1,1 milhão de
servidores deverão se aposentar. Ele disse ainda que nos últimos 12 anos o
sistema de previdência complementar foi reformulado por meio de várias leis e o
órgão criado para fiscalizar a gestão dos fundos não permite investimentos que
possam gerar altos riscos.
De acordo com o secretário, a Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc) pode pedir que o investimento de alto risco
seja desfeito para que não haja prejuízos. “O Brasil tem um sistema de
previdência complementar confiável”, destacou.
O projeto que trata da Fundação de Previdência Complementar
dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) tramita no Senado. A ideia é criar
um Fundo de Previdência Complementar para os Servidores Federais de cada um dos
Três Poderes. O projeto também estabelece que os servidores contratados depois
que as mudanças entrarem em vigor contribuirão com 11% sobre o teto do Regime
Geral de Previdência Social, hoje em R$ 3.691,74, valor da aposentadoria a que
terão direito. Caso queiram receber um valor maior, terão que contribuir para a
Funpresp.