SINPECPF - 16/03/2012
O Fórum de entidades que organiza a Campanha Salarial
Unificada 2012 voltou ao Ministério do Planejamento nessa quinta-feira (15)
para nova reunião com o secretário de relações de trabalho, Sérgio Mendonça.
Desta vez, a pauta foi o reajuste dos benefícios pagos aos servidores, dentre os quais o auxílio-alimentação, o auxílio-transporte, a assistência médico-odontológica e a assistência pré-escolar. Os servidores defenderam a adoção da paridade entre os benefícios nos três Poderes.
Desta vez, a pauta foi o reajuste dos benefícios pagos aos servidores, dentre os quais o auxílio-alimentação, o auxílio-transporte, a assistência médico-odontológica e a assistência pré-escolar. Os servidores defenderam a adoção da paridade entre os benefícios nos três Poderes.
Para subsidiar a reunião, o Fórum apresentou estudo
realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), que deixa claro que os valores pagos a título de benefícios
são insuficientes para custear os gastos a que se propõem. Caso gritante é o do
auxílio-alimentação: o estudo mostra que hoje o custo médio de uma refeição nas
capitais brasileiras é de R$ 27 – resultando em um gasto mensal de R$ 594,
valor muito acima dos R$ 304 pagos hoje aos servidores do Executivo.
A publicação da Portaria 13/2012 – tentativa do Planejamento
em limitar o reajuste do auxílio alimentação à média paga hoje pela
Administração Pública, R$ 378 – foi duramente criticada. Os sindicalistas
lembraram que as negociações do reajuste do auxílio-alimentação estavam em
estágio avançado com o então secretário Duvanier Paiva, e que ele já havia
sinalizado que o valor do auxílio deveria estar de acordo com a média de preços
praticada pelo mercado. “Queremos a revogação da Portaria, pois ela pretende
jogar no lixo toda a negociação que fizemos ano passado, algo que não podemos
aceitar”.
Mendonça procurou acalmar os ânimos, avaliando ser possível
avançar na discussão dos benefícios ainda em 2012, mas, assim como fez na
questão da política salarial, relutou em adiantar valores ou uma data para os
reajustes. “Se eu prometesse algo concreto aqui, estaria mentindo”, afirmou,
comprometendo-se a buscar uma resposta junto ao governo.
Os representantes de classe pediram urgência e solicitaram
que as respostas sobre o tema e também sobre a política salarial sejam dadas em
reunião agendada para o próximo dia 28.
Antes disso, o Fórum volta a se reunir com o secretário no
dia 22, para debater projetos de lei em tramitação no Congresso que afetam o
serviço público, em especial os problemas verificados no PL 2203/11, entre os
quais as mudanças nos adicionais de periculosidade/insalubridade e na jornada
de trabalho dos médicos.