Djalma Oliveira
Jornal Extra
- 02/04/2012
A criação da Fundação de Previdência Complementar do
Servidor Público Federal (Funpresp) vai trazer benefícios para o funcionário
que quiser trabalhar mais do que os 35 anos necessários para se aposentar.
De
acordo com os cálculos da União, será possível ter um benefício até 72,3% mais
alto pela nova regra — que vai entrar em vigor ainda este ano — na comparação
com a atual, se o servidor passar 45 anos trabalhando, dez a mais do que o
mínimo previsto em lei para ter direito à aposentadoria.
O governo fez a conta considerando um funcionário com
salário de R$ 10 mil. Se ele trabalhar por 45 anos pela regra atual, terá uma
aposentadoria líquida (já feitos os descontos) de R$ 9.513,12. Pela Funpresp, o
benefício líquido será de R$ 16.395,20, levando em conta o mesmo tempo de
trabalho.
— Se, pela Funpresp, com 35 anos de serviço, é possível ter um
benefício praticamente igual ao da regra atual, o servidor que demorar mais
cinco anos terá um aumento significativo na aposentadoria. E, se ele passar dez
anos mais, a renda aumentará mais ainda — disse Jaime Mariz, secretário de
políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social.
As pensões da Funpresp serão vitalícias, mas o governo quer
criar regras para o pagamento, como exigir um tempo mínimo de casamento entre o
servidor gerador do benefício e a beneficiária, para evitar os chamados
“casamentos no leito de morte”, a fim de garantir que alguém receba a pensão. A
mudança na previdência da União prevê que o servidor que quiser receber além do
teto do INSS (hoje no valor de R$ 3.916,20) terá de contribuir para um fundo
complementar.