Terra - 25/04/2012
Os funcionários técnico-administrativos das universidades
federais vão paralisar as atividades nesta quarta-feira e nos dias 9 e 10 de
maio. A categoria reivindica aumento do piso salarial, que atualmente é de R$
1.034,59, reajuste do auxílio-alimentação e valorização da carreira. Segundo a
Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras
(Fasubra), a falta de resultados em relação à última greve foi o principal
motivo que levou a categoria a decidir por uma nova paralisação. Os servidores
técnico-administrativos pedem aumento do piso salarial para um valor
correspondente a três salários mínimos (cerca de R$ 1,9 mil), além de efetivar
o acordo firmado em 2007 com o governo.
Na última terça-feira, os representantes de 31 entidades
nacionais que participaram da Campanha Salarial 2012 se reuniram com o
Ministério do Planejamento. A reivindicação de reajuste linear de 22,08% com
correção das distorções foi rejeitada pelo governo federal. As entidades se
preparam agora para apresentar uma contraproposta que deve ser enviada ao
Planejamento ainda esta semana, baseada em estudos encomendados ao Dieese que
levam em conta a inflação dos últimos dois anos e o PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro do mesmo período.
De acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal, na próxima quinta-feira a Condsef também participa de mais uma
reunião para discutir a lei 12.277/10 que concedeu tabela salarial diferenciada
para cinco cargos de nível superior do Executivo. A entidade também segue
cobrando confirmação do Planejamento para reuniões com os demais setores de sua
base como PCCTM, Inmetro, INPI, Anistiados, Area Ambiental, Evandro Chagas,
ABIN, FNDE, INEP, DNIT e Agências Reguladoras.
A última greve dos servidores técnico-administrativos das
universidades públicas federais ocorreu no ano passado e durou quatro meses.
Durante esse período, o governo manteve a posição de não negociar com os
grevistas. A paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de
Justiça depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o
calendário da Fasubra, 30 de maio é a data-limite para chegar a um acordo com o
governo.
Com informações da Agência Brasil