Eduardo Bresciani
O Estado de S. Paulo
- 21/06/2012
A proposta ainda precisa ser analisada pelo plenário da
Câmara antes de ir ao Senado
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir
Cavalcanti, qualificou nesta quinta-feira, 21, como "retrocesso" a
proposta de emenda constitucional aprovada em comissão especial da Câmara dos
Deputados, que acaba com os tetos salariais para servidores públicos. A
proposta ainda precisa ser analisada pelo plenário da Câmara antes de ir ao
Senado.
"Isso representa um retrocesso do ponto de vista da
gestão pública, daquilo que se pretendeu quando se instituiu o teto, que era
moralizar os vencimentos dentro de todos os poderes", afirmou Ophir.
Ele destacou que é necessário se valorizar os servidores
públicos com bons salários, mas defendeu a manutenção do salário dos ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) como valor máximo a ser pago. "É
necessário que todos ganhem bem, mas que haja um parâmetro que é um teto, um
paradigma a ser respeitado, que a nosso ver tem de ser o salário dos ministros
do Supremo Tribunal Federal." Ophir disse esperar que o Congresso
aprofunde o debate e reveja a decisão.
O presidente da OAB recebeu nesta quinta-feira a deputada
Luiza Erundina (PSB-SP). Eles acertaram a realização de um evento em agosto para
homenagear os advogados que atuaram na defesa de presos políticos durante a
ditadura militar.