quinta-feira, 28 de junho de 2012

Greve do Incra pode ter adesão de todas as superintendências



Agência Brasil     -     28/06/2012




Brasília – As superintendências regionais (SRs) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Alagoas, Roraima e Sergipe realizam assembleias para decidir se aderem à greve da autarquia. São as únicas superintendências regionais que ainda não aderiram à paralisação.

A sede do Incra em Brasília e 25 das 30 superintendências regionais estão em greve. A expectativa, segundo o comando nacional da greve, é que todas as SRs participem do movimento, atingindo 85% do quadro dos servidores concursados.

Os servidores decretaram a paralisação no dia 8 de junho. Entre as reivindicações estão o aumento do piso salarial, melhorias na execução das políticas públicas desempenhadas pelo órgão como reforma agrária, reforma fundiária e agricultura familiar, fortalecimento da autarquia e valorização dos servidores do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), ao qual a autarquia é subordinado.

De acordo com o diretor nacional da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi), Reginaldo Marcos Aguiar, até agora o governo não apresentou nenhuma proposta. “Antes de a greve ser anunciada, foram feitas três reuniões com o governo, mas nada foi decidido ou negociado, por isso aderimos à paralisação.”

Aguiar diz que 5,5 mil servidores trabalham no Incra, mas 2 mil estão em condições de se aposentar até 2014. Já no MDA trabalham cerca de  mil funcionários e apenas 140 são concursados.

“O último concurso foi realizado em 2010 e 400 aprovados ainda aguardam convocação. O prazo que venceria no próximo mês, foi estendido até o final do ano. Exigimos que essas pessoas sejam convocadas e que um novo concurso seja feito. Para atender a demanda, 3 mil novos servidores devem ser contratados para o Incra e  mil para o MDA”, disse o diretor.

O Incra atende diretamente a cerca de 10 milhões de pessoas em todo o Brasil. Já o MDA, por meio dos programas sociais, atende indiretamente a mais de 20 milhões. “Atendemos pessoas de baixa renda, mas o governo não nos dá ferramenta para fazermos nosso trabalho como merece ser feito”, diz Aguiar.

Os servidores reivindicam também a recomposição do orçamento do MDA, e consequentemente, do Incra. Este ano, o ministério recebeu R$ 1 bilhão a menos em seu orçamento, que era R$ 4 bilhões. “O dinheiro que temos em caixa só deve durar até agosto. Consideramos que o orçamento deva ser pelo menos R$ 6 bilhões, R$ 2 bilhões a mais do que recebíamos antes, para que possamos desempenhar melhor nosso trabalho”, disse Aguiar.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) informou que a pauta de reivindicações dos servidores do Incra está em análise. Segundo a assessoria do Mpog, mais de 50 sindicatos que representam os servidores públicos federais apresentaram pautas, que estão sendo apreciadas separadamente. A expectativa é que o governo apresente proposta para todas até dia 31 de julho.

O prazo final para responder a todas reivindicações é 31 de agosto, quando o Poder Executivo tem que encaminhar a Lei Orçamentária de 2013 para apreciação do Congresso Nacional.


Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra