Gustavo Henrique Braga
Correio Braziliense -
26/06/2012
Os servidores do Judiciário e do Ministério Público da União
(MPU) no Distrito Federal prometem cruzar os braços por 48 horas a partir de
hoje. Eles cobram a aprovação do Projeto de Lei Nº 6613/2009, que trata do novo
plano de cargos e salários da categoria. Por todo o país, também ocorrem greves
do Judiciário conforme aprovado pelas assembleias locais.
Em São Paulo, por
exemplo, a opção dos trabalhadores foi por interromper as atividades por tempo
indeterminado a partir da próxima quinta-feira. Além disso, a categoria aprovou
uma greve nacional para 4 e 5 de julho, com foco na Justiça Eleitoral, o que
deve atrapalhar o registro dos candidatos nas eleições municipais.
“Há pressões fortes por parte do governo para que o PL
continue a ser barrado no Congresso. Esse cenário só vai mudar a partir da
mobilização intensa nos próximos dias”, afirmou Cledo Vieira, coordenador da
Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério
Público da União (Fenajufe). Na última sexta-feira, os sindicalistas se
reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT), ministro Ayres
Britto. Na ocasião, o ministro se comprometeu a levar as reivindicações aos
líderes de bancadas no Congresso, a fim de apressar a aprovação do projeto
Executivo
Os servidores do Executivo também farão protesto hoje. O ato
está marcado para as 15h, em frente ao Ministério do Planejamento. Eles querem
pressionar o governo a apresentar uma proposta de reajuste. Até o momento, oito
ministérios já aderiram à greve geral convocada pela Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).