Agência Câmara de Notícias
- 05/06/2012
Representantes de servidores públicos ligados à área da
saúde criticaram há pouco a Medida Provisória 568/12, que aumenta os salários
de 937 mil servidores federais a partir de 1º de julho. A MP também altera a
carga horária dos médicos que trabalham em hospitais públicos federais de 20
para 40 horas semanais – segundo a categoria, isso representaria na prática
diminuição do salário em 50%.
"Com essa MP, estão querendo atingir a administração
direta e os servidores regidos pelo regime jurídico único da União. Essa MP tem
que cair", declarou o segundo vice-presidente do Conselho Federal de
Medicina, Aloísio Tibiriçá Miranda, em audiência pública para discutir a MP.
Segundo ele, com essa proposta, o Estado está dando um “atestado de incompetência
na administração da saúde”.
O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da
Previdência Social, Geilson de Oliveira, criticou o fato de os servidores terem
virado “a grande chaga” do Brasil. "A MP deixou toda categoria médica de
cabelo em pé. Em nome desse superavit, recursos são reduzidos. Muito arrocho
salarial em cima do servidor público", disse.
Representante da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), o médico Amancio Paulino disse que as modificações propostas para a
categoria foram feitas na surdina. "Nenhuma entidade médica foi
ouvida", criticou.
Sobre o argumento de que o texto corrige distorção da
carreira medica, ele afirmou que a carga horária é regulada por lei desde os
anos 1970. "É simplesmente uma tentativa de retirar nossos direitos",
disse. Ele fez um apelo aos deputados para que rejeitem a MP.
A audiência pública ocorre no auditório Nereu Ramos, na
Câmara.
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