Solange Spigliatti
O Estado de S. Paulo
- 12/06/2012
Medida Provisória interfere na remuneração e desfigura a
jornada de trabalho dos profissionais
SÃO PAULO - Os médicos que atuam como servidores federais de
todo País vão paralisar as atividades nesta terça-feira, 12, para protestar
contra a medida provisória que interfere na remuneração e desfigura a jornada
de trabalho dos profissionais, segundo a Federação Nacional dos Médicos
(Fenam).
Representantes de ao menos 18 estados e o Distrito Federal
devem participar da manifestação, segundo a federação. Os protestos serão
organizados pelos sindicatos de cada região contra a medida, que traz prejuízos
aos atuais servidores e aos aposentados, segundo o órgão.
Os médicos paulistas farão grande manifestação em frente à
Unifesp, na Vila Mariana, na zona sul da cidade, às 9 horas. Durante o ato,
será realizada uma assembleia para decidir sobre uma possível paralisação.
Durante a manifestação, serão soltos 5 mil balões negros em sinal de luto
contra a tentativa de prejuízos aos atuais servidores e aos aposentados.
Na Paraíba, médicos farão uma caminhada e um ato público
contra a MP 568. Os estados da Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas
Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
Santa Catarina e Sergipe também já confirmaram protestos para o dia, informou o
órgão.
Segundo a Fenam, médicos que têm hoje uma jornada de 20
horas semanais no serviço público ao ingressarem na carreira teriam que cumprir
40 horas semanais pelo mesmo valor, ou seja, uma redução de 50% na remuneração.
Segundo estimativa da Fenam, em todo Brasil, 42 mil médicos ativos e inativos
do Ministério da Saúde serão atingidos, além de sete mil do Ministério da
Educação.