Gheisa Lessa
O Estado de S. Paulo -
30/07/2012
Ministério do Planejamento mudou para o dia 13 de agosto
encontro para negociar reajuste; categoria, paralisada há 41 dias, promete
aumentar protestos
O governo federal adiou nesta segunda-feira, 30, a reunião
de negociação prevista para ocorrer nesta terça, 31, com os representantes dos
servidores públicos, em greve há 41 dias. O comando nacional de greve da
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) reúne-se
nesta tarde para avaliar a medida do Governo e determinar posição oficial da
categoria, que deve fortalecer os protestos em todo o País.
A paralisação, segundo a Condsef, tem adesão de cerca de 350
mil trabalhadores, que reivindicam aumento salarial. De acordo com a
confederação, apenas as categorias de base da Condsef representam 80% de todos
os servidores do Executivo federal que aderiram à greve nacional.
O secretário geral da Condsef, Josemilton Costa, afirma que
desde o dia 18 de junho os trabalhadores pedem proposta concreta do governo.
De acordo com membros da Confederação dos Trabalhadores, o
próprio governo federal teria adiantado que a proposta oficial sobre todos os
itens da pauta de reivindicação seria apresentada na próxima terça, 31.
"Durante toda a greve o Governo reafirmava que apresentaria oficialmente o
reajuste no dia 31. Na véspera da data eles anularam", afirma Costa.
A categoria pretende buscar mais membros para a greve. A
Condsef afirma que há entidades públicas mobilizadas mas que ainda não
paralisaram seus serviços.
O Ministério do Planejamento, que comandaria a reunião,
informou o adiamento por meio de um oficio. Segundo a pasta, todas as reuniões
sindicais foram adiadas para voltarem a acontecer a partir do próximo dia 13 de
agosto. De acordo com o ministério, os secretários precisam concluir trabalhos
internos, após uma série de negociações que já aconteceram com outras
categorias nos últimos meses.
O governo federal tem até o dia 31 de agosto, data prevista
por lei, para apresentar proposta oficial aos servidores públicos. Segundo o
ministério, a resposta às reivindicações será data até o dia 17.