Agência Brasil
- 26/07/2012
Brasília – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior,
disse hoje (26) na divulgação do quarto balanço do Programa de Aceleração do
Crescimento 2 (PAC 2), que o cronograma de negociação da greve dos servidores
tem sido cumprido pelo governo.
Ela destacou que os sindicatos que representam a categoria foram informados desde o início do ano que as propostas só seriam apresentadas no final de julho e início de agosto. A greve tem adesão de mais de 350 mil servidores federais em todo o país, de acordo com os sindicatos.
Ela destacou que os sindicatos que representam a categoria foram informados desde o início do ano que as propostas só seriam apresentadas no final de julho e início de agosto. A greve tem adesão de mais de 350 mil servidores federais em todo o país, de acordo com os sindicatos.
“A gente tem trabalhado com esse cronograma. Acreditamos que
a greve é direito dos trabalhadores, desde que eles assumam todas as
consequências desse ato. Está havendo o corte de ponto, porque se uma pessoa
falta ao trabalho tem o dia descontado. Não é nenhuma punição excepcional. Mas
as negociações seguem abertas”, disse a ministra.
Para Miriam Belchior, “não é normal parar de trabalhar e
ganhar por isso”. Ela admitiu que a intenção do governo mudou ao longo do ano
porque, a partir de maio e início de junho, “o cenário econômico ficou mais
sombrio”, fazendo com que as contas fossem refeitas e, assim, analisar qual
proposta seria possível fazer “de forma responsável” aos servidores.
A ministra disse que, no caso dos professores universitários
e dos institutos técnicos, o governo acredita ser possível fazer um acordo,
ainda que um dos sindicatos da categoria tenha rejeitado a proposta do governo
apresentada ontem (25), de reajustes que variam de 25% a 40%. Ela lembrou que
um dos sindicatos da categoria concordou com a proposta, que ainda será levada
às assembleias.
“Para as demais categorias, estamos ultimando nossas contas
do Orçamento [da União] para poder apresentar às categorias; se poderemos
atender e o que poderemos atender”, disse Miriam Belchior, durante o quarto
balanço do PAC 2 .
Durante a divulgação dos números, servidores da Associação
Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (ANEinfra) distribuíam
um comunicado ameaçando cruzar os braços caso o governo não atenda às
reivindicações da categoria. Segundo o presidente da ANEinfra, Guilherme dos
Santos Floriani, até o dia 31 de julho, a categoria aposta no diálogo com o
governo.
“Nós queremos o reenquadramento da carreira de analista de
infraestrutura no ciclo de gestão, com elevação do patamar remuneratório, o que
dá um pouco mais de 30%”, disse. Ele também informou que um analista do governo
em infraestrutura ganha, em início da carreira, cerca de R$ 8,8 mil, sendo a
metade gratificação.
O representante dos analistas em infraestrutura informou
também que o reenquadramento com outras categorias daria autonomia técnica aos
servidores para desempenhar as funções na melhoria da tomada de decisão.
“Também seria compatível com o valor do mercado de trabalho fora do setor
público. Perdeu a atratividade. No último concurso, não teve analistas
aprovados em número suficiente para preencher as vagas abertas”, informou.