quarta-feira, 18 de julho de 2012

Servidores em greve entram em confronto com PM no DF



Alana Rizzo e Tânia Monteiro
O Estado de S. Paulo     -     18/07/2012






Fucionários públicos pedem aumento salarial e igualdade dos holerites dos aposentados com os de trabalhadores ativos; dois maifestantes foram presos


Depois de mais um dia de paralisação, funcionários públicos em greve entraram nesta quarta-feira, 18, em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal. O tumulto ocorreu em frente ao Ministério do Planejamento, depois de os manifestantes cercarem o prédio da Pasta e um grupo de estudantes pintar a fachada do Ministério da Educação, que fica ao lado. Entre as pichações a frase "Negocia Dilma já". Os servidores vieram de diversas partes do País e reivindicam aumento salarial, além da igualdade dos contracheques dos aposentados com os dos trabalhadores ativos.


Segundo a PM, dois manifestantes foram presos. Na confusão, os policiais chegaram a usar gás de pimenta para dispersar os manifestantes. Também foram lançados sinalizadores e cones. Integrantes do movimento sindical reclamaram da ação da polícia.


"A gente que está com criança tem que ficar bem afastado. É muita confusão", reclamou Angélica Soares, de 32 anos, que está grávida e foi com os dois filhos. Desempregada, ela faz parte do Movimento Novo Pinheirinho e diz que participou da manifestação pela promessa de ganhar um lote. "Não sei se avançaram na negociação hoje. Preciso de um terreno meu porque vivo há muitos anos de aluguel." Sobre a reivindicação dos professores, ela disse que não poderia comentar. 



"Só sei que querem ganhar mais." À tarde, cerca de 600 famílias do Movimento dos Sem Teto invadiram o prédio do Ministério das Cidades. Os militantes cobravam moradias do Minha Casa Minha Vida e informações sobre as remoções previstas nas obras da Copa de 2014.

A marcha pela Esplanada dos Militares começou logo cedo. Os manifestantes fizeram um enorme protesto em frente ao Palácio do Planalto, onde realizaram o enterro "simbólico" da presidente Dilma Rousseff. Apesar de a previsão inicial ser de a presidente Dilma estar no Planalto, ela acabou transferindo o despacho com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o Palácio da Alvorada. As manifestações em frente ao Planalto têm sido praticamente diárias, ao contrário do que acontecia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Policiais Militares, seguranças do Planalto e militares do Exército faziam a segurança das instalações do Planalto. Havia uma preocupação, desde cedo, de que alguns servidores mais exaltados tentassem sair da Praça dos Três Poderes e seguir em direção ao prédio do Planalto, como já aconteceu em outras ocasiões, além do fato que o número de integrantes do protesto era considerado muito grande.


Em nota, o Ministério da Educação informou que a Polícia Federal foi chamada para periciar os estragos feitos no prédio, para que depois sejam feitos a limpeza e demais reparos necessários. "O prédio do Ministério da Educação é tombado, como os demais da Esplanada, e nada justificativa o vandalismo ao patrimônio público. O MEC acredita que ações como essas não representam a posição da maioria dos manifestantes e tampouco têm apoio dos docentes e da sociedade. "




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