Sindicato de professores federais rejeita proposta de aumento do governo de até 45%
Djalma Oliveira
Jornal Extra - 16/07/2012
Após analisar a proposta de aumento salarial de até 45% feita pelo governo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) recomendou que os professores das universidades mantenham a greve que completa 60 dias nesta quarta-feira.
A entidade considerou positiva a reabertura das negociações, mas entendeu que a oferta do Ministério do Planejamento não atende às reivindicações da categoria. Por meio de um comunicado, o comando nacional de greve aconselha que os professores intensifiquem a mobilização e radicalizem as ações ligadas à paralisação.
Durante esta semana, as universidades de todo o país farão assembleias para decidir se param ou continuam com a greve. Todas deverão dar uma resposta até sexta-feira, já que o Andes tem uma reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento na próxima segunda-feira, dia 23.
O aumento proposto pelo governo na última sexta-feira prevê aumentos parcelados em três anos, a partir de 2013, e reduz de 17 para 13 os níveis da carreira. O reajuste dos docentes federais vai custar R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos.
Nesta segunda-feira, servidores federais inauguraram um acampamento na Esplanada dos Ministérios. Essa é a primeira manifestação de uma semana de mobilização do funcionalismo. Para esta quarta-feira, está marcada uma reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
Os sindicatos criticam o ritmo lento das negociações com a União. Ontem, funcionários do Sistema Eletrobras (Cepel, Eletrobras, Eletronuclear e Furnas) e das 12 agências reguladoras federais cruzaram os braços. O primeiro grupo pede um aumento de 10,73% e melhores condições de trabalho. O pessoal das agências reivindica a equiparação salarial entre funcionários antigos e novos e a incorporação de gratificações aos vencimentos básicos.