Correio Braziliense -
08/08/2012
Para conseguir o pagamento dos dias de greve, o Sindicato
dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) vai recorrer
da decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Parglander.
Ele suspendeu, no final da semana passada, o mandado de segurança concedido
pela Justiça Federal que impedia o corte de ponto dos grevistas. Na decisão,
Pargendler argumenta que, mesmo que o movimento grevista seja legítimo, não é
cabível que o servidor seja remunerado se não trabalhar.
Ontem, os servidores do Ministério Público da União também
decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado. Com os funcionários do
Poder Judiciário do Distrito Federal, realizaram em todos os fóruns e Tribunais
Superiores de Brasília piquetes em defesa da campanha salarial. Eles também
fizeram uma caminhada até o Fórum Verde, onde se encontram a maioria das varas
de fazenda pública para tentar convencer outros trabalhadores a aderirem ao
movimento.
Eles se queixam de que há três anos os salários não são
reajustados. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério
Público da União (Sindjus DF) defende a aprovação pelo Congresso Nacional do PL
nº 6613/09, que estabelece aumento de 30%. O sindicato ressalva, porém, que
esse índice é insuficiente para repor o poder de compra que os salários dos
servidores tinham três anos atrás.
Com a greve, o acesso aos processos jurídicos e o
atendimento ao público tem sido prejudicado.