sábado, 11 de agosto de 2012

Fasubra rejeita 15%


Ana Carolina Dinardo
Correio Braziliense      -      11/08/2012




O governo ouviu ontem mais um não dos servidores públicos federais. Representantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), em greve há mais de dois meses, rejeitaram a proposta que previa reajuste de 15%, divididos em três anos. 

A recusa irritou o Palácio do Planalto e o Ministério do Planejamento deixou claro que não há espaço no Orçamento de 2013 para atender às demandas da categoria. Os técnicos administrativos querem os 15% de uma vez ou 25% parcelados em três vezes.. Apesar da contrariedade, o governo agendou um novo encontro com os sindicalistas para a próxima terça-feira.

"Queremos, no mínimo, um aumento salarial de 25% divididos em três anos ou os 15% de uma única vez. Se não for assim, continuaremos em greve", afirmou Janine Teixeira, uma das coordenadoras gerais da Fasubra. O objetivo do sindicato é radicalizar ainda mais as paralisações nas 59 universidades públicas federais e nos dois institutos de ensino do país associados à Fasubra. "Sem acordo, não tem matrícula nem o vestibular de 2013", enfatizou. 

Segundo Willian Carvalho, um dos coordenadores do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a proposta do governo não cobre as perdas inflacionárias acumuladas pela categoria desde 2010. "No ano passado, sequer fomos recebidos pelo governo. Não permitiremos que isso ocorra outra vez", afirmou.

Inflação
Nos cálculos do secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, a proposta apresentada à Fasubra prevê um impacto de R$ 530 milhões no orçamento de 2013 e de R$ 1,6 bilhão até 2015. "Estamos no limite (do orçamento) e não pretendemos alterar a proposta", garantiu. Ele ressaltou ainda que a categoria não teve nenhuma perda. "Pelo contrário, os ganhos reais dos técnicos administrativos foram acima da inflação entre 2003 a 2010", disse. Ele destacou que, do total de 524 mil funcionários ativos do Executivo federal, cerca de 80 mil estão em greve.

Pelas contas da Fasubra, 90% dos técnicos administrativos das universidades e institutos de ensino aderiram à paralisação. Por outro lado, o Ministério da Educação (MEC) assegura que boa parte das atividades acadêmicas já foram retomadas após a Federação de Sindicatos dos Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa seis universidades, fechar acordo com o governo para reajustes de até 45%.


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