sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Governo propõe reajuste de 15,8%. Condsef rejeita e busca construção de proposta alternativa, continuidade das negociações da Lei 12.277/10 e cobra aumento em auxílio alimentação e plano de saúde


Condsef     -      17/08/2012    




Nesta sexta-feira, o Ministério do Planejamento disse à Condsef que a proposta limite do governo para a maioria dos servidores do Executivo é de um reajuste de 15,8% parcelado em três anos. Nesse debate estão envolvidas cerca de 18 categorias (CPST: Saúde, Funasa, Previdência e Trabalho - PGPE e PEC´s: Cultura, Fazenda, Funai, Agricultura, Arquivo Nacional, Imprensa Nacional, Museu do Índio, Planejamento, Justiça, Transportes, Embratur, SPU, PRF, Integração Nacional) que englobam mais de 500 mil trabalhadores que buscam equiparação salarial com a tabela criada pela Lei 12.277/10.


A Condsef deixou claro que esta proposta está bem distante do pleito da categoria. Após discussão, o Planejamento concordou em realizar uma reunião técnica neste sábado, 18, com as assessorias econômicas do governo e da Condsef. O objetivo é construir uma proposta alternativa que valorize o Vencimento Básico e possa ser analisada pelas diversas categorias que permanecem em greve em todo o Brasil.

A Condsef quer assegurar também que o governo continue negociando a equiparação das tabelas salariais de nível superior com a Lei 12.277/10, concedendo mesmo percentual de reajuste para servidores de nível intermediário e auxiliar. Além disso, a Confederação cobra que o governo promova aumento em benefícios como auxílio alimentação e plano de saúde.

O governo tem só até o dia 31 de agosto para enviar projetos de lei ao Congresso Nacional com previsão orçamentária para 2013. Mas os benefícios não entram nessa obrigatoriedade legal e podem ser concedidos reajustes pelo governo a qualquer tempo. A expectativa é de que o Planejamento – que insiste em dizer estar no limite na apresentação de percentuais de reajuste – flexibilize em alguns pontos da negociação com os servidores.


A crise enconômica continua sendo o principal argumento do governo para não atender às principais reivindicações apresentadas pelos servidores ainda em janeiro deste ano. Mas nos últimos dois anos o governo da presidenta Dilma Rousseff já concedeu mais de R$ 300 bilhões em benefícios à iniciativa privada. O cenário leva a crer que o governo tem margem para buscar solução de conflitos instalados também no setor público que passa por uma crise e quer melhorias no atendimento à população.

15% para outros setores – O percentual de 15,8% apresentado verbalmente pelo Planejamento à Condsef está nos moldes do que já foi proposto a outras categorias. É o caso dos delegados e peritos da Polícia Federal e servidores do IBGE. Com a proposta alternativa – que espera-se seja construída neste sábado – a Condsef vai consultar suas bases para definir os próximos rumos do movimento grevista que já é um dos maiores da história de lutas dos servidores públicos. Somente a categoria tem o poder de dizer quais serão os rumos do movimento de greve que segue forte em todo o País.


Por isso, todos devem ficar atentos às informações. Tudo será divulgado assim que a assessoria de imprensa da Condsef tiver acesso aos dados e os resultados de todas as reuniões que a Confederação participar. Além da reunião deste sábado, estão confirmados também outros encontros na próxima semana. A agenda completa de reuniões, entre Condsef, Comando Nacional de Greve e Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, você confere clicando aqui.


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