Agência Brasil
- 17/08/2012
Brasília – O governo federal propôs um reajuste de 15,8%, a
ser concedido ao longo de três anos, aos delegados e peritos da Polícia Federal
(PF). Ao contrário de agentes, escrivães e papiloscopistas, eles não
paralisaram as atividades, mas estão mobilizados, e parte da categoria já
aprovou indicativo de greve.
A informação sobre o percentual de reajuste foi divulgada,
em entrevista, por representantes da Associação Nacional dos Delegados de
Polícia Federal (ADPF), da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
(Fenadepol) e da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
Líderes dessas entidades de reuniram na manhã de hoje com o secretário de
Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento. A proposta será votada em
assembleias na semana que vem.
Segundo o presidente da ADPF, Marcos Ribeiro, a proposta do
governo está aquém do pleiteado pelos servidores. De acordo com ele, os
delegados e peritos reivindicam reajuste de 30% para repor perdas
inflacionárias de 2009 a 2012.
Também participaram do encontro os presidentes da Fenadepol,
Amaury Portugal, e da APCF, Hélio Buchmüller. Os dois também ficaram
insatisfeitos com a proposta do governo.
Agentes, escrivães e papiloscopistas foram recebidos ontem
(16) por Sérgio Mendonça. Na reunião, o governo não propôs um percentual de
reajuste. Foi agendado um novo encontro para a próxima terça-feira (21).
Neste momento, o secretário de Relações do Trabalho
Ministério do Planejamento está reunido com representantes da Confederação dos
Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), que representa 80% do
funcionalismo público. Ao longo do dia, Sérgio Mendonça receberá integrantes de
outras entidades e sindicatos.
Amanhã (18), ele se reunirá, às 10h30, integrantes das
carreiras do ciclo de gestão, que estão em greve, e às 11h30, com advogados
públicos federais, que ainda não iniciaram a paralisação.