quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ivo Cassol pede que governo federal custeie servidores de ex-território contratados até 1991


Agência Senado     -     08/08/2012




O senador Ivo Cassol (PP-RO) pediu em Plenário nesta quarta-feira (8) que o governo federal reveja a decisão da Advocacia Geral da União (AGU) que restringiu a transposição dos servidores públicos do ex-território de Rondônia para os quadros da União a somente aqueles contratados até 1987.

A proposta, transformada na Emenda Constitucional 60/2009, previa que seriam incorporados os servidores contratados até 1991, período em que ainda eram pagos pela União. O texto final da emenda, no entanto, restringe o benefício apenas àqueles contratados até a data da posse do primeiro governador eleito, em 15 de março de 1987.

Cassol afirmou que o governo poderia “dar um presente” à população de Rondônia, ao aceitar os servidores contratados até 1991 e acusou adversários políticos de terem enganado à população do estado. O senador disse que desde a apresentação da PEC que deu origem à Emenda Constitucional 60/2009, ele alertava para a redação da proposta, que poderia suscitar interpretações distintas. O parecer da AGU divulgado esta semana faz exatamente a interpretação que Cassol dizia temer desde àquela época.

- Eu sempre avisei que a transposição era um engodo, que tinha política se fazendo de heroína dos servidores, mas era chamado de analfabeto. O governo federal nunca teve nenhum interesse em fazer isso – afirmou.

O senador criticou as sugestões de apresentação de uma nova PEC ampliando o benefício até os contratos de 1991, alegando que, sem apoio do governo federal, a proposta nunca seria aprovada no Congresso. A única forma de corrigir o problema seria por meio de retificação da lei encaminhada ao Congresso pelo próprio governo.

Outro problema apontado por Cassol é que, na transposição, os servidores foram classificados como “quadro em extinção” o que os impede de ser enquadrados como funcionários federais, fazendo com que não tenham reajustes salariais nem outros benefícios concedidos aos servidores de carreira.

Em aparte, o senador Tomás Correia (PMDB-RO) ponderou que uma transposição nesses moldes não faz sentido e que os servidores deveriam ter uma aposentadoria decente. O senador também apoiou Cassol no pedido para que o governo reveja a posição da AGU.

- Nós estamos carregando esse fardo no estado. Eu gostaria que a presidente Dilma, que é uma técnica arrojada, revisse esse posicionamento da AGU, para que possa dar ao estado de Rondônia o mesmo direito que foi dado ao Amapá. Rondônia hoje está em situação desigual. Esse prejuízo é incalculável - afirmou.


Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra