quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Marcha na Esplanada



Jornal de Brasília   -     01/08/2012




Dia Nacional de Luta teve manifestações em vários estados e em Brasília

Servidores federais fizeram um dia de protestos em várias unidades da federação. Em Brasília, os manifestantes marcharam na Esplanada dos Ministérios e fizeram paradas nos ministérios do Planejamento e Fazenda, onde cobraram o atendimento emergencial aos servidores e melhorias e investimento para o setor público.

No Rio de Janeiro dez mil servidores foram às ruas cobrar propostas do governo às demandas da categoria. Em Goiás os servidores fecharam a BR-153 também em protesto. O mesmo se repetiu em outras capitais.

Na véspera do Dia Nacional de Luta, o Ministério do Planejamento anunciou o cancelamento de todas as reuniões que estavam agendadas com as entidades representativas dos servidores em greve. A apresentação de respostas ficou para depois do dia 13. A reação dos servidores foi imediata, com ameaça de ampliar ainda mais o movimento.

Segundo o Comando Nacional de Greve, a falta de definições fez com que categorias que ainda não haviam aderido à greve aprovassem a paralisação por tempo indeterminado que segue cada vez mais forte. Na base da Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), mais de 26 categorias em 25 estados e no Distrito Federal estão em greve. E categorias como a dos professores universitários, técnicos das universidades, IBGE, entre outros, também estão com parte dos serviços paralisados.

FRUSTRAÇÃO

Integrante do sindicato de servidores da Fiocruz, Geandro Pinheiro disse que ontem era para ser o dia D, no qual o governo se comprometeu meses atrás de apresentar respostas às reivindicações da categoria. "O adiamento frustrou todo mundo, e temos que marcar posição", afirmou. Os servidores da Fiocruz não estão em greve, mas desde o início do mês muitos têm parado por até três dias por semana como forma de pressão.

A Assessoria de Imprensa do Ministério do Planejamento diz que a apresentação de propostas até 31 de julho era uma "possibilidade", não um compromisso. O órgão informou que, desde março, foram feitas mais de 150 reuniões com representantes das diferentes categorias e que a decisão agora está com a equipe econômica. A assessoria disse ainda que o País sofre impacto da crise global e que o governo não pode ser "irresponsável". De acordo com o ministério, as reivindicações de servidores do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, das Forças Armadas e do Ministério Público da União somam R$ 92,2 bilhões.

Entre as principais revindicações dos grevistas estão: reabertura das negociações; estabelecimento de uma data-base; rejeição da Medida Provisória 568/2012 e do Decreto 7777/2012, que, respectivamente, mudam a remuneração de carreiras da saúde e de adicionais de insalubridade e permitem a substituição, em períodos de greve, de servidores federais por servidores estaduais e municipais; realização de reajustes salariais variados (por categoria); e a regressão da política de terceirização de servidores em órgãos públicos.

SAIBA +

Cerca de 350 mil trabalhadores aderiram à paralisação.

De acordo com a Condsef, apenas as categorias de base da confederação representam 80% de todos os servidores do executivo federal que aderiram à greve.

No início de julho, o governo autorizou o corte de pontos dos servidores federais que deixaram de trabalhar. Uma liminar na Justiça, porém, impediu o corte.


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