Agência Câmara de Notícias -
23/08/2012
O presidente da Câmara, Marco Maia, defendeu nesta
quinta-feira o corte do ponto dos servidores públicos em greve. “Este é um tema
que sempre discuti com muita tranquilidade. O trabalhador em greve rompeu com
seu contrato. Não é justo que uma paralisação se dê com o trabalhador recebendo
seu trabalho integral. Na iniciativa privada, os dias não trabalhados são
cortados. Acho que o mesmo modelo deve ser seguido pelo setor público
municipal, estadual e federal”, disse ele, em entrevista coletiva.
Para Marco Maia, a atual situação do serviço público está
dentro da normalidade democrática. “Na minha avaliação, está tudo dentro da
normalidade. As greves são legítimas. Todo trabalhador tem o direito de buscar
melhorar a sua condição de trabalho e sua situação salarial. O que nós não
podemos permitir é exagero ou atitudes que não sejam responsáveis ou que tragam
prejuízos à população. O governo está agindo certo, buscando negociar com os
servidores, discutindo caminhos que resolvam as suas reivindicações, mas ao
mesmo tempo sendo duro na cobrança de responsabilidade, de comportamentos
republicanos por parte dos servidores públicos”, disse.
Em relação à atuação da Câmara, disse que os deputados estão
prontos ajudar. “Nós vamos trabalhar para aprovar aquilo que for acertado entre
governo e sindicatos. A proposta que chegar a Câmara e for fruto de acordo será
aprovada. O que não houver acordo, vamos ajudar para haja entendimento. Tudo
isso de forma equilibrada e organizada e respeitando os direitos da população”,
afirmou.
Marco Maia defendeu a atuação do governo, negando as
acusações de que a presidente Dilma Rousseff esteja radicalizando. “Isso não é
verdade, as afirmações do governo fazem parte do processo de discussão e de
debate. O governo está negociando. Apresentou proposta, está sentando com as
categorias. É óbvio que não podemos esperar que o governo atenda todas as
demandas. É natural tratar de forma mais dura”, avaliou.
Fator previdenciário
Por causa das greves, Marco Maia disse que o momento não é
apropriado para discutir uma alternativa ao fator previdenciário com o governo.
“O governo está envolvido com os servidores públicos em greve. Estamos esperando
passar este momento, mas a intenção é ter uma solução até o final do ano”,
disse.