BSPF - 29/08/2012
O acordo firmado entre o governo e a Condsef vai beneficiar
funcionários de 18 carreiras do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, e da
Previdência, Saúde e Trabalho, também chamadas de "carreirão".
O governo federal adiou para esta quarta-feira (29) a data
limite para assinatura de acordos com os servidores públicos em greve. Mas
funcionários de 17 categorias ligadas à Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef) devem voltar ao trabalho na próxima
segunda-feira (3).
Depois de mais de dois meses em greve, eles decidiram, nesta
terça-feira, aceitar a proposta de reajuste salarial de 15,8%, divididos em
três anos. O aumento das categorias ligadas à Condsef pode variar entre 14% e
37%, em alguns casos, para a corrigir distorções salariais.
Algumas categorias continuam em greve, como os policiais
federais. Segundo o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), apesar da
insatisfação dos servidores, o reajuste dado pelo governo foi o possível. Ele
disse que as negociações não vão parar, mas defendeu, além dos reajustes
salarias, a reestruturação do serviço público federal.
“O processo de negociação continua. Tem algumas categorias
que ainda não se convenceram das dificuldades que o governo tem em dar um
aumento maior, mas acho que é um processo de diálogo, que deve acontecer
sempre. E precisamos fazer um grande diálogo no País, particularmente no
Congresso, que é a reestruturação do Estado", defendeu.
Alcance do acordo
O acordo firmado entre o governo e a Condsef vai beneficiar
funcionários de 18 carreiras do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, e da
Previdência, Saúde e Trabalho, também chamadas de "carreirão". Além
dessas, vão receber aumento os servidores da Fundação Nacional de Saúde, da
Fundação Nacional do Índio, do Arquivo Nacional, da Imprensa Nacional, do Museu
do Índio, da Empresa Brasileira de Turismo e da Secretaria de Patrimônio da
União.
O reajuste ainda beneficia os funcionários dos ministérios
da Saúde, da Previdência, do Trabalho, da Cultura, da Fazenda, da Agricultura,
do Planejamento, da Justiça, dos Transportes e da Integração Nacional.
Direito de greve
O governo já sinaliza que vai tentar regulamentar o direito
de greve dos servidores públicos, que é previsto na Constituição. O líder do
Psol, deputado Chico Alencar (RJ) criticou a intenção do governo de querer
tratar do tema logo após o movimento grevista.
“Cheira a endurecimento em relação a essas possibilidades do
direito extremo do trabalhador, que é a paralisação das atividades. Mas temos
obrigação de avaliar qualquer projeto que vier para cá, sem ser a toque de
caixa, sem ser imposição do Executivo sobre o Legislativo”, afirmou.
Chico Alencar ressaltou que, quando o projeto da lei
orçamentária de 2013 chegar ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (31), os
parlamentares vão pode tentar garantir mais recursos para os servidores de
determinadas áreas.
Fonte: Agência Câmara de Notícias