O DIA - 29/08/2012
Brasília - O governo
ainda tem reuniões com as categorias de servidores públicos federais em greve
até a meia-noite desta terça-feira (28), data limite fixada pela própria União
para assinatura de acordos de reajuste salariais. Nas contas do governo, cerca
de 90% dos grevistas sinalizaram aceitar o reajuste. “Praticamente está tudo
resolvido, falta apenas formalização dos acordos”, disse o secretário de
Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
As categorias que rejeitarem o reajuste de 15,8% oferecido
pelo governo, divididos em três anos, a partir de 2013, ficarão sem aumento no
ano que vem. “Com quem decidir não assinar, voltaremos a discutir no ano que
vem com impacto para 2014”, disse Mendonça.
Hoje, até o momento, apenas os representantes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assinaram o acordo que ratifica o
fim da greve. Com isso, subiu para quatro o número de entidades que aceitaram a
proposta do governo. São elas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Federação de
Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa
a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores
das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos
técnicos-administrativos universitários.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal
(Condsef), que representa cerca de 80% dos servidores públicos federais, também
decidiu aceitar a proposta de reajuste oferecida pelo governo . A assinatura do
termo ocorrerá amanhã. A decisão engloba o contracheque de cerca de 520 mil
servidores ativos, segundo o Planejamento. O impacto da proposta oferecida pelo
governo vai gastar R$ 3,9 bilhões dos cofres públicos nos próximos três anos.
Entre as categorias previstas para se reunirem hoje estão os
representantes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), do
Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro).
Algumas entidades já rejeitaram a proposta de reajuste.
Entre os servidores federais que mantêm a greve estão os agentes da Polícia
Federal, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e advogados e defensores
públicos federais.