Agência Brasil
- 23/08/2012
Brasília – As negociações entre os representantes da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e o governo federal seguem sem acordo. Após reunião
com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio
Mendonça, os sindicalistas não aceitaram a proposta oferecida e mantêm a greve.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários
Federais, Pedro Cavalcanti, disse que foi oferecida uma “proposta diferenciada”
à categoria, mas não quis revelar detalhes. “Nos ofereceram uma proposta
diferenciada do que tem sido oferecido às outras categorias. Mas, de maneira
geral, é uma proposta que possivelmente vai ser recusada”, disse aos
jornalistas.
A assessoria de imprensa do Planejamento negou a informação
de “proposta diferenciada”. Segundo informou, a proposta foi reajuste de 15,8%,
parcelados em três anos. O percentual é o mesmo proposto a outras categorias em
greve. Uma nova reunião com a categoria foi agendada para a próxima
segunda-feira (27).
Os policiais rodoviários federais reivindicam reajuste
salarial, exigência de nível superior para exercer o cargo, adicional noturno e
de insalubridade e reestruturação da carreira. Dentre as exigências, Cavalcanti
adiantou que o governo se “manifestou contrário” ao pagamento de adicionais.
Segundo o sindicato, 9 mil policiais rodoviários federais
trabalham no país, efetivo que é considerado insuficiente para atender à
demanda da segurança nacional. A estimativa da categoria é que 70% tenha
aderido à greve, em pelo menos 12 estados.
Questionado sobre a faixa colocada em um dos postos da PRF,
com os dizeres :"Posto PRF fechado! Passagem livre para tráfico de drogas
e armas: esta é a resposta do governo federal para a segurança pública!”,
Cavalcanti disse ter sido uma manifestação correta.
“Não é uma apologia ao crime. A faixa é um alerta para a
sociedade da situação crítica da segurança pública no país”, disse.