Agência Brasil
- 28/08/2012
Brasília – Os policiais federais decidiram manter a greve e
recusaram o reajuste de 15,8%, dividido em três anos, a partir de 2013. Segundo
o diretor de Estratégia Sindical da Federação Nacional dos Policias Federais,
Paulo Paes, a proposta do governo não atende às reivindicações da categoria. A
decisão foi tomada ontem (27), após assembleia por teleconferência com os
policiais federais e, com isso, a greve continua.
Os únicos serviços que estão sendo prestados são os de
segurança de instalação, custódia de presos e emissão de passaportes
emergenciais. Uma nova assembleia foi marcada para amanhã (29) para decidir os
rumos do movimento, que teve adesão de agentes, escrivães e papiloscopistas de
todo o país.
Segundo documento divulgado pelo Ministério do Planejamento,
os agentes federais reivindicam reajustes que variam entre 109,3% e 139,4%. O
salário especial, para quem atingir o topo de carreira, passaria de R$ 11,8 mil
para R$ 24,8 mil. A remuneração inicial subiria de R$ 7,8 mil para R$ 18,8 mil.
Os policiais federais pedem ainda o reconhecimento de suas
atividades como de nível superior e que sejam observados para os salários
critérios usados por outras entidades como a Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), por exemplo.
Hoje (28) termina o prazo dado pelo Executivo para que os
grevistas aceitem a proposta de aumento e assinem os acordos. As categorias que
não aceitarem a oferta do governo ficarão sem aumento em 2013.
Até o momento, três categorias aceitaram a proposta do
governo: os servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Federação de
Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que
representa a minoria dos docentes federais, e da Federação dos Sindicatos dos
Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante
dos técnicos-administrativos universitários.