sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PRF diz que pode entrar em greve a partir de 20 de agosto


Folha de S. Paulo     -     10/08/2012




SÃO PAULO - Os policiais rodoviários federais, que fizeram uma operação-padrão em diversas rodovias do país ontem e anteontem, podem entrar em greve a partir do dia 20 de agosto.


Caso a categoria pare, se somará a outros órgãos do funcionalismo que já estão em greve, como a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os professores e técnicos-administrativos das universidades federais.


De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, não houve avanços na negociação com o governo federal e, na próxima segunda (13), todos os Estados farão assembleias para deliberar sobre a greve.


A categoria reivindica melhorias salariais, reconhecimento do nível superior para o cargo de PRF, pagamento de adicional noturno e insalubridade e reestruturação da carreira.


NEGOCIAÇÃO
Os sindicatos de policiais federais decidiram ontem que dariam continuidade à greve da categoria, que começou na última terça (7), mas a decisão precisava ser ratificada em assembleias estaduais.


Nesta sexta, ao menos 16 Estados já tinham votado em assembleias pela continuidade da greve. Com a paralisação, diz a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), as investigações e a emissão de passaportes já estão sendo afetadas.


A ministra Miriam Belchior (Planejamento), negociadora do governo com o movimento grevista, promete para a próxima semana uma resposta final sobre o reajuste aos servidores federais.


Ela não antecipou detalhes sobre quais carreiras ainda poderiam ser contempladas nem sobre a extensão do benefício, se ele ocorrer.


A Folha apurou que apesar de integrantes do governo considerarem que não há dinheiro para conceder um reajuste unificado a todos os servidores, essa possibilidade não está descartada.


Se acatasse todas as reivindicações, a equipe econômica teria de desembolsar R$ 92 bilhões, o equivalente à metade da folha atual de pagamento e 2% do PIB (Produto Interno Bruto).


"É impossível. São duas vezes o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deste ano", comparou a ministra em conversa com a reportagem.


Com categorias paradas há meses, o fato é que a presidente Dilma Rousseff tem diante de si uma das mais amplas greves em número de carreiras e áreas atingidas.


Nas contas dos grevistas, são quase 30 órgãos federais envolvidos. Não se sabe, porém, o número exato de funcionários parados porque os sindicatos e o governo dão números discrepantes.



Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra