domingo, 19 de agosto de 2012

Servidores apresentarão contraproposta a reajuste do governo na segunda


Folha de S. Paulo     -     19/08/2012




BRASÍLIA - A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), que reúne mais de 30 categorias de servidores federais, informou neste domingo que apresentará ao governo uma contraproposta de aumentos salariais amanhã.


A negociação ocorre em meio à greve de funcionários federais.


Segundo a entidade, se o governo aceitar a proposta, as categorias podem voltar ao trabalho até o final desta semana.


A oferta feita pelo governo não agradou os sindicatos das diversas categorias. Na sexta-feira (17) o governo federal propôs reajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a 18 setores do serviço público federal.


A mesma proposta foi apresentada nas reuniões deste sábado, quando o Condesef rejeitou o reajuste.


"Os 15% rateados em três anos, na forma como o governo apresentou, não estão sendo bem aceitos pela categoria", afirmou o diretor do Condesef Sérgio Ronaldo da Silva.
A proposta da confederação é a de que o governo eleve o primeiro reajuste, já em 2013, de 5% para cerca de 9%.


Os ajustes salariais nos dois anos seguintes seriam discutidos posteriormente.


De acordo com Silva, a entidade focará no que ele chama de "setores mais precarizados", aqueles que seguem o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, que pertencem a carreiras comuns a diferentes órgãos (administradores, engenheiros e cozinheiros, por exemplo).


"São funcionários de diversas áreas, como Funai, Embratur e ministérios como da Cultura, Saúde e Previdência."


SEMANA AGITADA
No início da semana, a Condsef, que reúne 30 categorias do funcionalismo público, prometeu subiu o tom nas negociações com o governo.


A paralisação já começou a afetar, inclusive, a fiscalização do uso de verbas federais repassadas a municípios. A CGU (Controladoria Geral da União) anunciou o cancelamento da auditoria que realizaria em 36 municípios.


Na quinta, uma nova manifestação da Polícia Federal nos aeroportos de Rio e São Paulo chegou a deixar 4.000 pessoas nas filas de Guarulhos. Só terminou depois de uma decisão judicial considerar a operação ilegal.


Ontem, os professores da UnB encerraram a grave depois de três meses de braços cruzados.



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