Djalma Oliveira
Jornal Extra
- 20/08/2012
O governo federal e os sindicatos de servidores entram numa
semana decisiva de negociações salariais. Isto porque, a partir desta
segunda-feira, o governo terá dez dias para finalizar e redigir acordos a tempo
de incluir os reajustes no Orçamento de 2013. O projeto de lei prevendo
despesas e receitas da União no próximo ano precisa estar nas mãos do Congresso
Nacional para ser votado até o dia 31.
No Ministério do Planejamento, a expectativa é que os
acordos sejam fechados até o fim desta semana. Se os planos derem certo, os
últimos dias antes do fechamento do Orçamento seriam reservados para a
elaboração dos projetos de reajuste, que também têm de ser votados pelos
parlamentares.
Nas primeiras reuniões de retomada das negociações entre o
governo federal e as categorias, na semana passada, nenhum acordo foi firmado.
Os técnicos do Planejamento preferiram apresentar uma proposta de aumento de
15,8%, parcelado em três anos (de 2013 a 2015), para 560 mil funcionários.
Algumas categorias, como os técnico-administrativos de
colégios e universidades federais — que já vinham conversando com o governo há
mais tempo — ficaram de dar uma resposta nesta semana.
Se alguns setores parecem mais próximos do acordo, outros se
mostram duros na queda. É o caso dos servidores do Plano Geral de Cargos do
Poder Executivo (PGPE) e da carreira da Previdência, Saúde e Trabalho.
A
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que
representa essas duas categorias, as mais numerosas da União, recusou o aumento
linear de 15,8% e informou que o percentual está bem abaixo das reivindicações.
A Condsef e representantes de outras quatro categorias (Ciência e Tecnologia,
INPI, Inmetro e Incra) têm reuniões nesta segunda-feira com o governo.