O Globo - 02/09/2012
Na quinta-feira, por decisão de 88% dos participantes de uma assembleia, os auditores da Receita Federal decidiram continuar em greve. O acordo oferecido pelo governo havia sido rejeitado pela maioria dos diretores de sindicato.
Deve-se agradecer esse resultado aos çábios do Planalto e ao advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. Há um mês, eles decidiram baixar um ucasse permitindo a substituição dos grevistas por funcionários de outras repartições.
Até então, a greve, que não tinha a simpatia do sindicato, estava fraca. A ameaça espalhou o fogo. Pior: nenhum grevista foi substituído. O ucasse era delírio de poder. Não se pode saber como essa greve terminará, mas Adams ajudou bastante.