segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Servidores da Funai em Altamira paralisam atividades e culpam Belo Monte


Aguirre Talento
Folha de S. Paulo     -     24/09/2012





BELÉM - Servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Altamira (a 900 km de Belém), onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte, começaram nesta segunda-feira (24) uma paralisação por melhores condições de trabalho.


Com isso, o prédio do órgão fechou e o atendimento aos índios foi interrompido.


A paralisação deverá se estender para amanhã, terça-feira (25), e a previsão é que as atividades sejam retomadas em seguida.

Os funcionários reclamam que o volume de trabalho cresceu em razão da construção de Belo Monte, obra que afetará índios da região, e que promessas de melhoria da estrutura não foram cumpridas.


Os servidores enviaram carta à presidência da Funai em Brasília, em que afirmam que um termo de compromisso foi assinado entre a Funai e a Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte, com a promessa da construção de uma nova estrutura para a Funai de Altamira, o que até o momento não ocorreu.


Segundo o documento, a Norte Energia alugou um imóvel residencial para o funcionamento de parte da Funai.


"Com o uso e a falta de manutenção do prédio, as condições de trabalho pioraram até que se tornou impossível desenvolver qualquer atividade", diz a carta, assinada por 15 funcionários do órgão.


Procurada, a assessoria de comunicação da Funai disse que tomou conhecimento da paralisação e iniciou diálogo com os funcionários.


A Norte Energia não havia respondido sobre as críticas dos servidores até a publicação desta reportagem.


PESCADORES


Um outro protesto relacionado a Belo Monte ocorreu na semana passada, organizado por pescadores que se dizem prejudicados pela obra.


Eles reuniram embarcações no local onde o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) está construindo uma primeira barragem do rio Xingu. Na última sexta-feira (21), o CCBM obteve liminar na Justiça determinando a saída dos pescadores. A obra da ensecadeira (barragem provisória) já foi retomada.



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